Fotos da nossa querida Vila do Ferro, Templos Religiosos.
Mais um Post com Fotos da nossa querida Vila do Ferro, depois de publicar Fotos das Ruas, das Casas, da Serra do Ferro, etc.. chegou a altura de publicar algumas fotos sobre os Templos Religiosos da nossa Freguesia.
Assim, publico aqui fotos da Igreja Matriz, da Capela do Espírito Santo, e da Capela do Sagrado Coração de Maria, e para completar as Fotos, transcrevo para este Blog, textos do Livro “Ferro, Cova da Beira”, da Autora Ferrense, Maria da Ascensão Gonçalves Carvalho Rodrigues, que foi há pouco tempo distinguida com medalha de mérito, categoria Prata, como reconhecimento pela sua actividade ao serviço da Educação e da divulgação da Cultura Tradicional, uma homenagem protagonizada pela Câmara Municiapal da Covilhã, pelo Sr. Presidente Carlos Pinto.
Antes de mais, agradeço desde já ao Sr. Padre Manuel Domingos toda a sua colaboração, e ajuda, para a realização deste Post.
Igreja Paroquial
Situada no coração da Freguesia, a Igreja Paroquial data do século XVIII, e a sua construção, pobre no exterior, mas rica nos seus altares, tem as características do estilo barroco.
A arquitectura é bem proporcionada, com boa estrutura, mas simples, pois apenas na cantaria da entrada principal, há alguns ornamentos daquele estilo.
Interiormente, os três altares cimeiros de talha doirada policromada – altar-mor e laterais – cheios de fantasia, estão adornados por colunas retorcidas, folhas várias, parras, uvas, figuras de aves, anjinhos com asas e meninos em movimento, como é próprio da arte barroca.
Todo o altar-mor é de uma riqueza e beleza extraordinárias, ressaltando à vista o pormenor do ratábulo do sacrário que é uma maravilha renascentista barroca.
Além destes, mais ao fundo, há ainda dois altares – um de cada lado – de talha joanina, em belos arcos renascentistas. Joanino é também o púlpito situado a meio da parede esquerda.
Ao fundo, encontra-se o baptistério e o coro com belas colunas.
É servida por duas sacristias, situando-se uma à direita e outra à esquerda da capela-mor.
Há ainda a acrescentar que a Igreja sofreu remodelações na década de 60, e que agora mais recentemente tem vindo a sofrer algumas alterações, sempre com vista a melhorar o conforto de quem a visita.
A empena da capela é encimada por uma cruz de braços em forquilha, também do século XVI.
A separar a capela-mor do restante corpo deste templo, ergue-se um lindo arco abatido.
A capela, que se encontrava em ruínas, foi reconstruída em 1966, com o contributo de toda a população desta Freguesia, sendo respeitada em todos os seus pormenores a traça primitiva.
O altar-mor, o único existente, é constituído por uma pedra granítica monobloco, feita na altura da reconstrução por não existir o antigo.
O púlpito, situado à esquerda, e reconstruído segundo a época, tem acesso por uma escada de granito.
Todo o piso da capela é de lagedo de granito que predomina na região.
O reconstrutor da capela foi o Reverendo Padre António Nunes Sanches, pároco, ao tempo, desta freguesia.
Sem estilo próprio, a capela, na sua singeleza, tem apenas a enfeitá-la, exteriormente, as molduras em granito e uma pequena rosácea.
Como complementos, apenas se encontravam, no seu pouco amplo terreiro, um inestético coreto para a musica e um velho telheiro em ruínas, onde recolhiam e vendiam as ofertas, telheiro este que será restaurado brevemente (actualizando: na década de 80 o Padre Manuel Domingos restaurou todo o recinto, retirando o coreto).
O altar é também simples, de madeira, com alguns adornos doirados, tendo, no nicho central, a linda, elegante e bem proporcionada imagem do Sagrado Coração de Maria, tão venerada nesta região.
Segundo o cálculo de um dos párocos desta freguesia, a capela devia ter sido construída entre 1850-1860.
Nos dois suportes de ferro trabalhado, fixados nas quinas da frontaria pode ler-se a data de 1875, posterior á edificação, uma vez que, em 1861, já fora prometido um quadro ex-voto policromado (podem encontrar a legenda deste quadro no Livro “Ferro, Cova da Beira”, de Maria Ascensão G. C. Rodrigues, na pagina 100.
Assim, publico aqui fotos da Igreja Matriz, da Capela do Espírito Santo, e da Capela do Sagrado Coração de Maria, e para completar as Fotos, transcrevo para este Blog, textos do Livro “Ferro, Cova da Beira”, da Autora Ferrense, Maria da Ascensão Gonçalves Carvalho Rodrigues, que foi há pouco tempo distinguida com medalha de mérito, categoria Prata, como reconhecimento pela sua actividade ao serviço da Educação e da divulgação da Cultura Tradicional, uma homenagem protagonizada pela Câmara Municiapal da Covilhã, pelo Sr. Presidente Carlos Pinto.
Antes de mais, agradeço desde já ao Sr. Padre Manuel Domingos toda a sua colaboração, e ajuda, para a realização deste Post.
Igreja Paroquial
Situada no coração da Freguesia, a Igreja Paroquial data do século XVIII, e a sua construção, pobre no exterior, mas rica nos seus altares, tem as características do estilo barroco.
A arquitectura é bem proporcionada, com boa estrutura, mas simples, pois apenas na cantaria da entrada principal, há alguns ornamentos daquele estilo.
(clicar nas Fotos para aumentar)
Interiormente, os três altares cimeiros de talha doirada policromada – altar-mor e laterais – cheios de fantasia, estão adornados por colunas retorcidas, folhas várias, parras, uvas, figuras de aves, anjinhos com asas e meninos em movimento, como é próprio da arte barroca.
Todo o altar-mor é de uma riqueza e beleza extraordinárias, ressaltando à vista o pormenor do ratábulo do sacrário que é uma maravilha renascentista barroca.
Além destes, mais ao fundo, há ainda dois altares – um de cada lado – de talha joanina, em belos arcos renascentistas. Joanino é também o púlpito situado a meio da parede esquerda.
Ao fundo, encontra-se o baptistério e o coro com belas colunas.
É servida por duas sacristias, situando-se uma à direita e outra à esquerda da capela-mor.
Há ainda a acrescentar que a Igreja sofreu remodelações na década de 60, e que agora mais recentemente tem vindo a sofrer algumas alterações, sempre com vista a melhorar o conforto de quem a visita.
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Capela do Espírito Santo
A Capela do Espírito Santo, construção de granito do século XVI, tem, na entrada principal, um arco de esquina biselada, onde está esculpida uma pequena cabaça, símbolo da Ordem de Santiago, pois o Ferro pertencia, nessa altura, ao priorado de Santiago da Covilhã.
A Capela do Espírito Santo, construção de granito do século XVI, tem, na entrada principal, um arco de esquina biselada, onde está esculpida uma pequena cabaça, símbolo da Ordem de Santiago, pois o Ferro pertencia, nessa altura, ao priorado de Santiago da Covilhã.
A empena da capela é encimada por uma cruz de braços em forquilha, também do século XVI.
A separar a capela-mor do restante corpo deste templo, ergue-se um lindo arco abatido.
A capela, que se encontrava em ruínas, foi reconstruída em 1966, com o contributo de toda a população desta Freguesia, sendo respeitada em todos os seus pormenores a traça primitiva.
O altar-mor, o único existente, é constituído por uma pedra granítica monobloco, feita na altura da reconstrução por não existir o antigo.
O púlpito, situado à esquerda, e reconstruído segundo a época, tem acesso por uma escada de granito.
Todo o piso da capela é de lagedo de granito que predomina na região.
O reconstrutor da capela foi o Reverendo Padre António Nunes Sanches, pároco, ao tempo, desta freguesia.
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Capela do Sagrado Coração de Maria
Situada no alto da Barronceira, como se diz numa das quadras que o povo lhe dedicou, numa colina a pouca distancia da povoação, donde se domina um vasto e variado panorama, esta capela foi das mais antigas que se erigiram no século passado (actualizando; século XIX) com tal invocação, sendo portanto, a Freguesia do Ferro das primeiras, senão a primeira, a venerar “Nossa Senhora do Coração de Maria”. Esta devoção ao Imaculado Coração de Maria veio depois a ser recomendada pelos pastorinhos de Fátima, em 1918.
Capela do Sagrado Coração de Maria
Situada no alto da Barronceira, como se diz numa das quadras que o povo lhe dedicou, numa colina a pouca distancia da povoação, donde se domina um vasto e variado panorama, esta capela foi das mais antigas que se erigiram no século passado (actualizando; século XIX) com tal invocação, sendo portanto, a Freguesia do Ferro das primeiras, senão a primeira, a venerar “Nossa Senhora do Coração de Maria”. Esta devoção ao Imaculado Coração de Maria veio depois a ser recomendada pelos pastorinhos de Fátima, em 1918.
Sem estilo próprio, a capela, na sua singeleza, tem apenas a enfeitá-la, exteriormente, as molduras em granito e uma pequena rosácea.
Como complementos, apenas se encontravam, no seu pouco amplo terreiro, um inestético coreto para a musica e um velho telheiro em ruínas, onde recolhiam e vendiam as ofertas, telheiro este que será restaurado brevemente (actualizando: na década de 80 o Padre Manuel Domingos restaurou todo o recinto, retirando o coreto).
O altar é também simples, de madeira, com alguns adornos doirados, tendo, no nicho central, a linda, elegante e bem proporcionada imagem do Sagrado Coração de Maria, tão venerada nesta região.
Segundo o cálculo de um dos párocos desta freguesia, a capela devia ter sido construída entre 1850-1860.
Nos dois suportes de ferro trabalhado, fixados nas quinas da frontaria pode ler-se a data de 1875, posterior á edificação, uma vez que, em 1861, já fora prometido um quadro ex-voto policromado (podem encontrar a legenda deste quadro no Livro “Ferro, Cova da Beira”, de Maria Ascensão G. C. Rodrigues, na pagina 100.
A seguir, apresento algumas das Bandeiras Religiosas que a nossa Paróquia tem. São sem duvida alguma peças muito bonitas, de um grande valor patrimonial, que não podem ficar esquecidas no tempo.
E é isto, uma das muitas riquezas da nossa Freguesia, o património, a cultura, as tradições, da nossa Vila do Ferro.
Mais um Post que fica para que, aquilo que a nossa Terra tem hoje de melhor, o tenha sempre, para que este patrimônio seja sempre mantido, e que fique sempre guardado, aqui, e nas nossas recordações, porque as coisas que nós não damos grande valor, é de certo o que tem ainda mais valor.
Ficam aqui também estas Fotos, estas palavras, para que quem não conhece a Vila do Ferro, a conheça, e que seja isto um incentivo a uma visita futura.
Quanto aos Ferrenses que estão fora, que estão longe, fica aqui estas recordações da sua Terra Natal, desta nossa Vila do Ferro.
Para verem todas as Fotos, com mais pormenor, é só clicarem AQUI.
Mais um Post que fica para que, aquilo que a nossa Terra tem hoje de melhor, o tenha sempre, para que este patrimônio seja sempre mantido, e que fique sempre guardado, aqui, e nas nossas recordações, porque as coisas que nós não damos grande valor, é de certo o que tem ainda mais valor.
Ficam aqui também estas Fotos, estas palavras, para que quem não conhece a Vila do Ferro, a conheça, e que seja isto um incentivo a uma visita futura.
Quanto aos Ferrenses que estão fora, que estão longe, fica aqui estas recordações da sua Terra Natal, desta nossa Vila do Ferro.
Para verem todas as Fotos, com mais pormenor, é só clicarem AQUI.
Comentários
Igreja matriz de Proença-a-Velha assaltada
Infelizmente os assaltos às igrejas da nossa zona parecem mão terem fim. Agora calhou em "sorte" a matriz de Proença-a-Velha. Neste momento ainda não possuo muitos dados sobre o ocorrido, mas posso adiantar que os meliantes rapinaram algumas imagens entre as quais o Espírito Santo, assim como começaram a desmontar o altar de talha dourada, tendo levado algumas partes, colunas creio.
Já estou a ficar farto de tanta roubalheira, impune, na nossa zona. Será que se tem feito todo o possível para prevenir e reprimir estes roubos? Eu creio que não.
Fico entretanto a aguardar pelo próximo atentado ao património cultural, já que não são esperadas melhoras, e não venham dizer que falo por falar. Infelizmente o tempo tem-me dado sempre razão.
Etiquetas: Igreja matriz, Proença-a-Velha, Roubos de arte sacra
# posted by Joaquim Baptista @ 27.10.08 5 comments links to this post
10.17.2008
diz no blog do Sr Presidente Canaveira Tourais:
"A tradicional feira outonal da freguesia, Feira Agrícola – Feira da Castanha, 9ª edição, irá decorrer no próximo dia 9 de Novembro, no Pavilhão Desportivo da Freguesia e estender-se-á pelas ruas da mesma. "
Ora há aqui uma coisa muito estranha... descubram lá qual é!!!
Dou uma castanha a que descobrir!
Que se saiba só cá temos um pavilhão: o Do Sagrado Coração de Maria
Ficai lá com as castanhas.....
mas, pronto, o sôr presidente é que sabe...
Estou e acordo com muito do que diz.
A questão é que, no Ferro, não falta quem queira gozar à custa do trabalho dos outros.
Recordo que, não vai muito tempo, o Sr Guerra era demonizado! Era o alvo a abater! E porquê? Ora, porque foi a única pessoa a fazer obra de monta nesta freguesia. E isto através da ACSSCM e não de Instituições que tinham muito mais obrigação de as fazer, a saber a Junta de Freguesia e a Casa do Povo.
Ora, determinados interesseiros, que vivem para ser "Presidentes", não descansaram enquanto o Sr Guerra não foi posto a fora da ACSSCM e logo tentaram o assalto ao poder, directa e indirectamente.
A verdade é filha de Deus, diz o ditado. E é para ser dita. Omitir a verdade é um eufemismo para mentir. E na confissão também pedimos perdão pelas omissões. Mas no Ferro não.
No Ferro as pessoas são tratadas como atrasadinhas! Ora, se uns o aceitam, outros não. E a verdade é que começo a ficar farto de meias verdades, omissões e demais imbecibilidades vindas de um restrito grupo que se acha dono da verdade.
O Futsal acabou porque determinados apoios, prometidos, não apareceram. Isto é o que a Casa do Povo disse. O que deveria ter dito era que o futsal acabou porque a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal se comprometeram com subsidios que não pagaram!
A Junta de Freguesia, apoiante do Presidente da Câmara, ainda não explicou, até hoje, o que se passa com a famosa Avenida Ponte Pedrinha - Peraboa... no entanto, e como ouvi alguém dizer - e com piada - a próxima Junta deveria ser composta por pessoas que necessitem de alcatroar as ruas onde moram! Já para não falar da famosa Avenida do Monte Serrano!
Para terminar, o assunto que nos trouxe aqui: o "Pavilhão Desportivo da Freguesia"! Ora o Pavilhão Desportivo é da ACSSCM! Mais nada! Não é da Freguesia! Fica na freguesia do Ferro mas tem dono: a ACSSMC! E temos que ser muito claros nestas coisas! É, tão somente, uma questão de bom senso e de honestidade. Nada mais.
Bem dito!
Já agora, e juízo, há algum para os lados do Ferro?
Nota-se aqui e ali uma pontinha de dor de corno.
Não me digas, que agora és apoiante do Sr. Guerra, quando anteriormente não metias os cotos no pavilhão. Como a vida dá voltas, não achas?
Ainda ontem falavas mal do homem, e hoje vens para aqui falar dele e da sua obra. Tem vergonha, e não precisas de te enervar, nem evocar o nome de Deus, para dizeres o chorrilho de mentiras que para aqui vieste vomitar.
Eras um homenzinho se te identificasses, ou falasses nos sítios certos.
Quanto ao resto, nunca te esqueças de uma coisa que te vou dizer:
Vozes de burro, não chegam ao céu...
As minhas desculpas.
Gostaria que me explicasse onde estão as mentiras a que alude.
O Pavilhão já não é da Associação?
A Estrada nãso foi prometida?
Eu até diria mais:
onde é que está a mentira do futsal?
este anónimo que botou faladura sabe do que está a falar... e o problema é que é tudo - tudinho - verdade!!!
E isso é que custa aos lambe-botas do Ferro.
Nota: terei todo o prazer em identificar-me quando todos se identificarem!
pois é! num á istrada! num á pavilhom da freguezia i num á footsal porque a junta e a camara não pagam o prometido.
esta é a verdade. o resto é treta!
Exposição de Arte Sacra em Idanha-a-Nova
Está patente ao público no Forum Cultural da Vila de Idanha-a-Nova, uma pequena, mas representativa amostra da arte sacra propriedade das Paróquias de Idanha-a-Velha e de Alcafozes. Gostamos muito do que vimos, embora sinta que há faltas, a começar pela imagem da padroeira de Idanha-a-Velha, a Nossa Senhora da Conceição. Tratando-se de uma imagem do século XVIII, uma recente acção de restauro deixou algumas dúvidas ao promotor do certame, que decidiu não a incluir. O S. Sebastião de Idanha-a-Velha (o mais antigo) que segundo alguma literatura é proveniente da Catedral também não compareceu. De Alcafozes não sentimos faltas, mas não gostamos dos restauros da Senhora do Loreto nem da alegoria da "Exaltação do Sagrado Coração de Jesus". De destacar uma peça pouco vista e rara, como é a bandeira do Espírito Santo, classificada no catálogo como sendo do século XX, mas esta cronologia deverá por certo ser fruto de erro tipográfico, já que se trata de uma peça que ascenderá aos finais do século XVII que aparece na gravura deste post; só espero que quando regressar seja acondicionada em melhores condições para evitar que se continue a degradar. A actual armação será por certo uma boa solução. A musealização é muito boa e a segurança das peças parece-me adequada. O pequenino catálogo peca por ser tão compacto, mas o essencial está lá.
Ficamos a aguardar pela próxima amostra de arta sacra do concelho de Idanha-a-Nova, tão rico sendo por isso tão procurado pelos ladrões desta arte. Mas quanto a nós a divulgação das peças será o melhor meio de as proteger, pois a sua entrada no mercado de obras de arte ilegal se torna mais dificil.