TOPE – Teatro Organizado Pelos Estudantes
(Cliquem nas imagens, para aumentar)
Há uns bons Anos atrás, há pra ai 40 Anos, existiu no Ferro um Grupo de Jovens que se juntava, para fazer Teatro, Teatro Amador, que fazia as delícias da População do Ferro, e não só. O Grupo tinha o nome de TOPE – Teatro Organizado Pelos Estudantes, que depois passados alguns Anos, os não Estudantes também começaram a entrar. Teve, podemos dizer, duas fases, uma que começou em 1958, e depois teve uma paragem, recomeçou outra vez por volta do fim da década de 60, até ao seu fim, onde se extinguiu definitivamente em 77.
Depois do Sr. Tó Elias ter lançado uma Mensagem sobre a TOPE (podem ver AQUI) em Dezembro ultimo, depois de ter tido conversas com alguns membros da TOPE, e de ter inclusive visto um cartão de sócio deste Grupo de Teatro, eu decidi agora “ressuscitar” outra vez este tema, que acho que ainda tem muito que ser falado, ainda há muito para contar sobre este Teatro Organizado Pelos Estudantes.
Naquela altura, antes 25 de Abril, não se podia falar, escrever, e neste caso, fazer um Teatro, contra o Governo, a falar mal do Governo, etc.. e por isso até na PIDE a TOPE tinha cadastro, inclusive alguns elementos deste Grupo de Teatro lá estavam escritos. Por exemplo uma das frases que o Sr. Tó Elias relembra dessa altura, na Mensagem lançada em Dezembro, ”- Vou pra cama, estou cansado, vou pra cama vou dormir... Mas mal eu adormeço, começa o relógio a balir..." Era uma critica ao relógio da Igreja, que badalava de 15 em 15 minutos, é só um exemplo.
Outra História dessa altura da TOPE, foi protagonizada pelo Sr. Zé Robalo mais, o Sr. Zéca Ribeiro, parece que uma dessas vezes que eles faziam Teatro, onde a população do Ferro podia assistir, eles tinham que ter elementos da GNR no local onde o Teatro se realizava, e parece que a GNR não queria ir para lá. Então o que é que o Sr. Zéca Ribeiro, e o Sr. Zé Robalo, fizeram, foram daqui para Castelo Branco, ao Governo Civil, para que o Governador desse autorização á GNR para ir para onde se realizava o Teatro. Mas ir a Castelo Branco, para quem não tinha carro, porque antigamente não haviam tantos carros como hoje, era complicado, mas eles lá foram a pé, de vez em quando lá apanhavam uma boleia, e assim lá chegaram, pediram ao Governador, e ele deu autorização. Foi um dia inteiro para ir, e para vir, tudo por um Grupo de Teatro Organizado Pelos Jovens.
Outra História que ouvi, foi quando tiveram que fazer um palco, então parece que o Pai do Sr. Zé Catanas deu os pinhos, os elementos da TOPE cortaram-nos, depois foram levados a serração, fizeram tábuas, e assim construíram o palco onde podiam fazer os Teatros, Revistas, etc..Muita coisa há para contar, muita coisa foi contada nessa Mensagem em Dezembro, passem por lá para relembrar.
Muita coisa para contar, por exemplo, quem eram os membros da TOPE na altura? Era uma boa idéia fazer-se aqui uma lista com os sócios desse Grupo de Teatro, eu tentei, com base no que já foi escrito na outra Mensagem, e com aquilo que me contaram, e pelo que sei, tentei fazer aqui uma lista, (se estivar algum nome errado, é só dizerem).
Depois, é assim, eu não sei que elementos fizeram parte da primeira, ou da segunda fase, a lista é dos sócios que faziam parte da TOPE, no seu geral.
1- Alexandre;
2- António Brojo;
3- António Amaral;
4- António Forte;
5- Aquiles Pinto,
6- Carlos Versos;
7- Carlos Ribeiro;
8- Carlos Mourinho;
9- Carlos Rodrigues;
10- Celso Mascarenhas;
11- Duarte Manuel Couto;
12- Francisco Martins (Palonas);
13- Fernando (Viola);
14- Jaime Esteves;
15- Jorge Bruxo;
16- Jorge;
17- João Dias;18- João José Xavier
19- João Mateus;
20- João Tavares;
21- João Fatela;
22- João Forte;
23- João Leitão;
24- João Baptista dos Santos;
25- João (Bairro Alto);
26- João (Porto);
27- João Silveira;
28- José Cordeiro;
29- Luís Marrocano;
30- Luis Brás;
31- Luis Mourinho;
32- Luís Manuel Campos;
33- Laurindo;
34- Maurício;
35- Nuno Mascarenhas;
36- Ricardo Bruxo;
37- Ricardo Félix;
38- Rui Ribeiro
39- Silva Raposo;
40- Tó Zé Marrocano;
41- Tó Churro;
42- Tó Zé;
43- Tó Elias;
44- Zéca Elias;
45- Zé Máximo;
46- Zé Catanas;
47- Zeca Dias;
48- Zeca Ribeiro;
49- Zé Nobre;
50- ...
(estes nomes foram-me fornecidos por vários elementos da TOPE, por isso poderá haver algum repetido)
Parece então que a TOPE também tinha elementos Femininos, pois então estas são algumas das Senhoras que fizeram parte da TOPE:
1- Ana Leitão;
2- Anunciação Forte;
3- Clara;
4- Cila Fortuna;
5- Dulce;
6- Graziela;
7- Guida Dias;
8- Mena;
9- Manuela Leitão;
10- Manuela Catanas;
11- Nena Nobre;
12- Rosa Maria Pinto;
13- São Esteves;
14- Teresa Madruga;
15- Zeza Nobre;
16- e ainda as Irmãs Robalo (Cabo Robalo): Carmo, São e Lurdes
17- ...
Sei que há muita mais gente que participou na TOPE, e por isso conto com a ajuda de quem sabe para acabar de preencher esta lista.
Quanto a Fotos, sei que as há por ai perdidas, por isso quem as quiser disponibilizar, podem fazer um scaner, e enviá-las pelo seguinte e-mail: danitri@portugalmail.pt que eu depois aqui as colocarei nesta Mensagem.
Para agora, já encontrei algumas dessas Fotos, desses tempos em que os Estudantes da Vila do Ferro se juntavam para fazer Teatro Amador. Nas Fotos estão os principais elementos da TOPE, não sei se falta algum, mas isso só quem está nas Fotos, é que agora o podem dizer.
Deixo-vos aqui um desafio, identifiquem as Pessoas que fazem parte de cada Foto.
Foto 1:
Foto 2:
Foto 3:
Comentários
Um dos elementos referidos na listagem, João Soares(Tavares), não foi actor profissional, mas acabou por realizar documentários e pelo menos um filme, cuja reposição ou apresentação no Ferro recomendo. Aliás, seria igualmente interessante fazerem o mesmo relativamente aos filmes em que Madruga participa. Trata-se de uma actividade que acabou por realizar em resultado do seu profundo envolvimento em cineclubes. O tema do filme está relacionada com a sua profissão, professor de Biologia, numa escola de Cascais.
Há, pelo menos, um outro nome que poderei referir, João Fatela, antropólogo em França, com uma obra publicada em Portugal,"O Sangue e a Rua-elementos para uma antropologia da violência em Portugal (1926-1946), que seria interessantíssimo adaptar para Teatro, a representar no Ferro.
Celso Mascarenhas
Nuno Mascarenhas
Como principal fonte de informação recomendo a consulta ao Júiz João Dias e ao Economista Jaime Esteves, por terem servido de elo de ligação entre várias gerações, como membros e fundadores do TOPE. Como podem verificar há poucas referências femininas. Porque será? Melhor perguntando, não haveria estudantes, no feminino? Se sim, porque é que não constam da lista? A resposta permite-nos conhecer melhor a sociedade portuguesa e também a sociedade ferrense(?).
"Tó Elias;
(...) Quem efectivamente fez essas diligências em Castelo Branco, foram os sócios Zeca Ribeiro mais o amigo Zé Robalo.
Ó amigo Zé, quem lê a tua escrita, inté parece que já tens uma idade muito avançada, eheheheheh.
Lembro que ainda tu andavas por terras francesas, e já a TOPE funcionava, e eu, com muitos amigos já faziamos parte desse grupo, mas quem foi a Castelo Branco, foram vocês os dois, disso não haja dúvidas..
Já que falamos no Zé Manel Robalo, temos de referir aqui umas coisitas interessantes:
(até que podiam estas transitar para o post ds TOPE)
Era ele, que quando vinha de férias, nos trazia todos aqueles sucessos musicais, que na altura fazia furor...
Mireille Mathieu, Johny Halliday; Joe Dassin, Charles Aznavour, Edith Piaf, e tantos outros (Perdoem os erros nos nomes)
Era ele que na sede do grupo, fazia ligações para as várias salas da sede, bem como para o salão de jogos em baixo, para quando se jogavam matrecos e ping-pong, todos pudessem, ouvir essa musica..
Lembro ainda que havia por lá um "gira-discos", que, por falta de massa para comprar as agulhas, começamos por por na cabeça do aparelho, uma moeda, para "fazer peso" na dita agulha.
Passados alguns tempitos, aquilo só já lá ia com 3 ou quatro moedas..
Há pois, que nessa altura, não havia cds nem essas porrras...
Eram os discos de vinil, de 45 e 90 rotações.
Claro que a rapaziada de agora, não conhecem estes termos, mas os disquitos, de tanto tocar, estavam cheiinhos de riscos e uma musica que durasse 2 minutos, passava a durar 1, eheheheh
Tambem recordo um aparelhometro que o Zé Manel trouxe de terras francesas, que era um gira discos, que tocava discos de 45" na vertical e a tiracolo...
Nunca mais vi tal coisa, mas que era um aparelho muitíssimo sofisticado, ai isso era..
Abraços
06 Agosto, 2007 21:47"
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Tenho dito, quem decifrar este enigma recebe 15euros.
DADOS BIOGRÁFICOS:
Nome Completo:
Data de Nascimento: 18-03-1953
Naturalidade:
Nacionalidade:
E-Mail:
Ocupação: Actriz
PRÉMIOS:
A Estrangeira (1983):
Prémios Nova Gente (1983) - Prémio para a melhor actriz
Prémios da Revista Se7e (1984) - Prémio para a melhor actriz
FILMOGRAFIA:
Como Actriz
Nostalgia (19??)
Para Josefa (19??)
Madrugada (1977)
Alexandre e Rosa (1978)
Francisca (1981)
Oxalá (1981)
Silvestre (1982)
Visita ou Memórias e Confissões (1982)
A Cidade Branca (1983)
A Estrangeira (1983)
Lisboa Cultural (1983)
Guerra do Mirandum (1984)
O Lugar do Morto (1984)
Do Outro Lado do Espelho - "Atlântida" (1985)
Matar Saudades (1988)
O Dia do Desespero (1992)
Vale Abraão (1993)
Adeus Princesa (1994)
Carga Infernal (1995)
Afirma Pereira (1996)
Sapatos Pretos (1998)
14 Segundos e Um Tico (1999)
Ilhéu de Contenda (1999)
Ganhar a Vida (2001)
Teresa Madruga
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Teresa Madruga (Ilha do Faial, 18 de Março de 1953) é uma actriz portuguesa.
Estreia-se como actriz em 1976 com a peça Amantes Pueris de Fernand Crommenlynk, sob a direcção de Gastão Cruz no Teatro da Trindade. Posteriormente, trabalhou com encenadores como Ricardo Pais, Osório Mateus, Carlos Fernando, Mário Feliciano ou João Lourenço. Iniciou no final da década de 80 uma colaboração regular com o Teatro da Cornucópia e aí foi dirigida por Luís Miguel Cintra (1988 - Auto da Feira de Gil Vicente, Rei Bamba de Lope de Vega; 1989 - O Público de García Lorca, Céu de Papel montagem de textos de Pirandello e Samuel Beckett; 1990 - Um Poeta Afinado de Manuel de Figueiredo, Muito Barulho Para Nada de Shakespeare) e Rui Mendes (1988 - Três Irmãs de Tchekov). Recentemente interpretou Laramie de Moises Kaufman, com Diogo Infante no Teatro Maria Matos (2006).
Com uma filmografia de quase trinta e cinco títulos, salienta o trabalho com realizadores como António Pedro Vasconcelos, Manoel de Oliveira, João César Monteiro, João Canijo, José Álvaro de Morais, João Pedro Rodrigues, João Mário Grilo, Fernando Vendrell, João Botelho, Fernando Matos Silva, Fernando Lopes ou António da Cunha Telles. O seu papel de protagonista no filme do suíço Alain Tanner Dans la Ville Blanche (1983) valeu-lhe o reconhecimento internacional e a participação em produções estrangeiras, nomeadamente em Espanha, França, Itália. Em 1995 apareceu ao lado de Marcello Mastroianni no filme Afirma Pereira de Roberto Faenza.
Integrou o júri de diversos festivais de cinema, nomeadamente, no Festival du Court Metrage de Clermont-Ferrand (1988); em 1990 na 11ª Mostra de Valência – Cinema del Mediterrani; na Selecção Nacional para o European Film Awards; nas selecções do filme português candidato ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Dos diversos prémios recebidos em teatro destaca o Prémio Garret (1988), pela interpretação em Rei Bamba de Lope de Vega, encenado por Luís Miguel Cintra (Teatro da Cornucópia). No cinema é de salientar o Prémio de Melhor Actriz no Festival du Court Metrage de Clermont–Ferrand, pela sua interpretação em D' Aprés Maria de Jean Claude Robert, filme também nomeado para os British Academy Awards e Prémios César do Cinema Francês; o Sete de Cinema para a melhor interpretação feminina em Dans La Ville Blanche. Recentemente participou na série O Testamento para a RTP no papel de Adelina.
Trabalhou em rádio, em programas para a RDP. Dobrou mais de oitenta desenhos animados, dando a sua voz às mais diversas personagens infantis.
Teresa Madruga
Date of Birth
18 March 1953, Faial, Açores, Portugal
Trivia
Teresa gave her voice to several animation characters.
Between 1992 and 1995 she worked in theater radio.
Was a member of the Nacional Seleccion Comité for the Europeans Film Awars in 1990.
In 1993 Teresa was a member of the Tavira Cinema Festival Jury.
Her theater debut was in 1976 in the play "Amantes Pueris".
Won Garrett Award for best theater actress for her role in "Rei Bamba" (1988).
In 1983 won SETE Award for best feminine interpretation for "Dans La Ville Blanche".
Was a member of the jury of International Cinema Week of Valladolid in 1986.
Was member of the jury of International Festival du Court Metrage de Clermont-Ferrand in 1988.
Passem por lá e leiam...
Passem pelo Blog da Casa do Povo do Ferro, e vejam as classificações, e as Fotos, deste Concurso de Petanca, que se realizou na Vila do Ferro.
http://cpferro.blogspot.com/
Vão até lá, e vejam como foi este dia de Petanca, no Campo de Futebol da Vila do Ferro.
Há 30 anos nada havia. Agora há tudo!! falta apenas vontade aos jovens (estudantes e não estudantes)...
Temos jovens - já entradotes - altamente capazes de ensaiar: Falem com o Mauricio Melfe que sempre se revelou um excelente actor, talvez ele possa ajudar.
Cumprimentos.
Se for quem eu penso é o Jorge Melfe (está lá para os lados de Lisboa)
- faltam ainda: Tó Zé (irmão do Maurício) e
- Carlos Mourinho
De facto, naquele tempo, o Ferro(e não só) estava muito isolado.
Os transportes públicos eram escassos e carros particulares muito poucos.
O acesso à informação nesta freguesia, essencialmente rural, era quase nula.
Assim, a malta estudantil desta terra, espalhada por esse Portugal fora, trazia para as férias ideias novas quer fosse no teatro, no desporto e nos costumes.
Tudo isto aliado ao gosto pelo convívio, e perante a impotência de sair para outros locais, a malta começou por fazer germinar as ideias, que dia e noite se iam lembrando.
A primeira representação foi no quintal da D.Laura, com o palco feito por nós como já foi anteriormente relatado.
A sessão abriu com um "Esquema"- dança realizada por elementos femininos e ensaiado pela já saudosa Professora Natividade.
Teve pelo meio, como era habitual, umas récitas de poemas e teve dois pequenos números cómicos(sketchs): O Consultório do Dr...??? e terminou com a peça o Cabo de Esquadra.
Nesse Verão conseguimos fazer três representações e com a "massa" apurada, fazer face a todas as despesas realizadas....até aquela continha da antiga TOPE....
Durante a 2ª fase da Tope, em termos de Direcção houve sempre um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.
E se repararem bem, no cartão de sócio do Zé Manel, a Vice-Presidente era uma mulher.
Mas, o "dono" do material era o Luis Mourinho.
Homem dos sete ofícios, arranjava o material, preparava as cenas, luzes, sonoros, etc.
Até era ele quem mandava abrir e fechar o pano, que deslizava num tubo de ferro, puxando-se uns cordéis.
Um dia esse mecanismo falhou e lá ficou o Luis Brás de serviço, no fechar e abrir do pano, sentado a um canto, com a supervisão do Luis Mourinho.
A meio da representação, o Luis Brás levanta-se e começa a fechar o pano.
Nós, em cena, começamos a gesticular para que não fechasse o pano, pois o acto ainda não tinha acabado.
Qual quê, diz de lá o Luis Brás: O Luis Mourinho é que mandou!!!!
De pouco a pouco vamos repondo a história...
não me lembro de tal.....
nunca vi tal figura no palco da TOPE
a TOPE, não era só teatro.Era um grupo de jovens que se reunia para conversar, jogar, passear, discutir opiniões,etc.
Nem todos tinham jeito para a representação, ou não queriam, mas colaboravam na organização dos eventos, na feitura dos palcos, cenários e por aí fora.
Se olharem bem para a lista que atrás foi inserida, constatarão, se contemporâneos da época,que alguns deles não representaram.Mas que perteciam a este grupo, pertenciam.
Um abraço
vá la disponibilizem essas coisas, não sejem forretas e partilhem com outros esse material
ou é preciso pedir de joelhos?
Atenção, devido a uma falha no lançamento da Mensagem, os números que as Fotos tinham em primeiro, já não são os mesmos. Peço desculpa por isso.
Agradeço ao Sr. Zé Manel Robalo por me ter emprestado as Fotos.
Com essas fotos, mais quatro nomes para a lista:
Zeca Carrola; Luis (que mora ao pé da Capela) Rosa Pires (?) e Tó Pinto
(Luis e Rosa Pires a confirmar nomes correctos)
jose robalo
Antes do 25 de Abril não se discutiam opiniões. Aceitavam-se, tanto quanto sei, as regras do regime...
Pois fique sabendo, que havia muita gente a remar contra a maré e que infelizmente teve que pagar por isso.
Agora essa de aceitar as regras do jogo, está completamente enganado.
Parece-me (posso estar enganado) que não viveu nessa época negra, ou talvez não tivesse idade para compreender o que se passava.
Se não,e peço-lhe desculpa, ou andava muito distraído, ou aceitava essas regras do regime.
Um abraço
Na verdade, nessa altura, eu ainda usava fraldas. Não obstante isso, sei que era "proibido" pensar. Já agora diga-me quantas pessoas - DA TOPE - "foram dentro" por remarem contra a maré, como refere ?
O que lhe posso garantir, é que aquele grupo de jovens(TOPE), "mexeu" um pouco com as ideias estruturadas da época.Não porque fosse um grupo politicamente esclarecido, mas porque já "bebia" ideias noutras paragens, e tentava "arejar" um pouco a nossa terra.
Se questionar os mais velhos do grupo, ficará a saber que em algumas representações teatrais, estavam por vezes presentes pessoas "estranhas" à comunidade.
E mais lhe conto: se ninguém foi "dentro" como questiona, deve-se a um cabo da GNR desse tempo, que inquirido por essas pessoas "estranhas","desvalorizou", em nossa defesa, o trabalho deste grupo.
Olhe, também é um pouco difícil avaliar à posteriori, factos que já têm o seu tempo, e que a nossa memória, pela força dos anos, já não é o que era dantes.
Assim sendo,acho bem que vá questionando esta malta, porque sempre ficarão registadas opiniões, para memória futura.
Um abraço
Na verdade, nessa altura, eu ainda usava fraldas. Não obstante isso, sei que era "proibido" pensar. Já agora diga-me quantas pessoas - DA TOPE - "foram dentro" por remarem contra a maré, como refere ?
Este pseudo-comentador das 3:48, é mesmo.... (melhor nem escrever o que penso)
Mas será que o dito cujo gostava que algum elemento da TOPE fosse dentro?
Não eramos, nem pretendíamos ser um grupo com qualquer intenção politica, mas que rumávamos, ao contrário do que diz, contra a maré, que nessa altura era o marasmo que se vivia nestas localidade, e a indignação pelo que se passava.
Saberá ele, que os nossos pais (pelo menos os que tinham consciência das atrocidades da PIDE (sabereá o anónimo de que se tratava?) viviam com medo que alguma coisa nos acontecesse?
Este deve ser um daqueles que ao contrário da geração TOPE (de que muito nos orgulhamos)que dava ao povo momentos de alegria e de entretenimento, sempre foi habituado a estar no seu canto, olhando para o seu umbigo, a disfrutar de todos os presentes ofertados pelos pais.
Pois fique sabendo este iluminado (a candeia de azeite, concerteza) que este grupo, tinha - foi-nos dito por quem sabia - efectivamente "ficha" naquela policia.
Nunca ouviu, nem viu as peças, schetchs, e outras coisas que eram representadas por aquele grupo de simples amadores, mas que gostavam, ao contrário de alguns que agora criticam, de colaborar em actividades que muito prazer davam aos intervenientes (quer representassem, quer não)e à população.
Basta perguntar às pessoas com mais de 40 anos (ainda por cá muitas, felizmente) e tentar saber como era nessa altura..
E isto não é saudosismo, é o constatar de factos.
Já imaginou o acima referido como anónimo, o que eram estes espectáculos tanto no quintal da D. Laura, como depois no Salão da Casa do Povo, com a lotação (que não era muita,mas enfim...) completamente esgotada?
Lembrar-se-à o dito cujo na sua vida, ver o salão da casa do povo cheia, em qualquer ocasião? Aponte uma, caraças, e deixe-se de chatear os outros
saberá ele (ou ela?) pequenas coisas que, como amadores que éramos, e que com a experiência de tantas espectáculos realizados aprendemos, como por exemplo estes termos:
- "deixa"; "àparte";"improviso"; "bucha" "scheth"; "ribalta"; "boca de cena"; "cenário" "luzes da ribalta"; "ponto"; "palco"; "adereços"; caracterização"; "esquerda baixa/alta"; direita alta/baixa" "pancadas de Moliére;"peça"; "actores/actizes";"figurantes".
e outros tantos que não me lembro,
mas que nos enriqueceram a todos os que passámos por lá, isso é um facto.
De certeza que muitos destes termos, não fazem parte do vocabulário deste tal anónimo.
Saberá ele as dores de cabeça, e esforços eram precisos para montar um espectáculo destes? Não sabe concerteza.
Mas, sendo um grupo unido, nunca um sarau marcado, ficou por realizar...
Muito gostaria que alguem que tivesse algum cartaz que esram afixados pelos diversos pontos da freguesia, os disponibilizasse, para assim mostrar aos incrédulos do que bom se fazia...
Não se vai aqui discutir a qualidade, mas atendendo ao amadorismo de toda a gente, muito boa coisa se fez.
E para terminar aqui vai uma frase que utilizávamos nuito em tom de brincadeira, que era o final do espectáculo (Toca o orgão e cai o pano)
TOCA O PANO E CAI O ORGÃO
O falecido Fernando Ranito
Não compreendo como é possível ainda haver iluminados desse calibre ?
Já agora neste Post, deveria ser comentado apenas por elementos que pertenceram a TOP e ou a pessoas que se associaram a esse movimento cívico da altura.
Como não sou nem uma coisa nem outra, deixo agora este espaço a quem de direito e vou degustando um pouco o que por aqui se escreve de positivo.
Saudações teatrais.
( Paulo Duarte )
Acho que o Paulo agora errou :)
Este post deverá ser comentado por todos e não só pelos que participaram.
Acho que todos estão à disposição de quem queira fazer perguntas sobre esse grupo de teatro e quiçá, haverá muita gente interessada em dar uma ajuda no eventual arranque de um grupo de teatro, na nossa freguesia.
Tambem seria bom ver por aqui ser comentadas muitas situações e aventuras pelos muitos sócios que representaram a TOPE
Jose Robalo
Claro que com a idade que tenho (sexagenário, reformado, avô) o passado começa a querer pesar mais do que o futuro mas muitas vezez ao longo da vida me tenho lembrado do TOPE, e sobretudo dos elementos da equipa inicial a que pertenci. Ainda hoje tenho as impressões duma queda enorme para a representação que o Jaime Esteves evidenciava, particularmente para a comédia. Nunca mais esqueci uma paródia à Balada da Neve que ele tão bem declamava com um ar de copos extraordinário! Algumas vezes usei essa sua paródia, mesmo com pouo jeito!
Recordo-me duma cena vivida por mim que sempre tive pouca habilidade para representar.
Depois duma azáfama enorme a construir o palco, pintar cenários, transportar os bancos da igreja para o quintal da Dª Laura etc... tínhamos a nossa estreia de que fazia parte uma peça creio que chamada "Julgamento dum crime". Eu fazia de advogado de defesa ou de acusação, não me recordo bem. Estava tão cansado que não resisti...adormeci em pleno palco e alguém teve de me acordar com uma deixa especial!
Muito benvindo (ou bem-vindo?) senhor António Amaral (Há quantos anos não tenho o prazer de o ver por cá!), pela sua colaboração neste espaço, que embora não tenha sido lançado por mim, agradeço na mesma pela sua contribuição, uma vez que a todos diz respeito-
Aos mais cépticos, aqui fica o registo de um jovem (sexagenário, reformado, avô, (sic))que ainda se lembra de algum termos já por aqui falados como por ex. "deixa"
Saberá o tal anónimo que sabe o significado da palavra?
São sempre muito bem recebidos estes relatos de gente que pisou na condição de amadorissimos, os nossos singelos palcos, sem daí tirar alguma contrapartida), nas pessoas do Sr António Amaral, Sr Dotejo.
Sei que muitos por aí andam espalhados por esses mundo fora.
Alguns por desconhecimento, outros por não se quererem meter nestas andanças, mas que já muitos têm conhecimento, ai isso têm....
Vá lá amigos, mostrem a esta geração (rasca? não!) o que foram as vossas experiências nesta colectividade, que muitas alegrias (e por vezes tristezas, mas poucas) nos trouxeram.
Um pedido ao administrador do blog Helder, para que não deixe este link passar para o arquivo, pois tenho quase a certeza que muitos mais comentários (dos bons) aparecerão
Saudações ferrenses
E, como diziamos (e já aqui foi referido) em tom de brincadeira:
TOCA O PANO E CAI ORGÃO!!!!