T.O.P.E

Ao ler no blog da Junta de Freguesia um anúncio sobre Teatro, veio-me à lembrança um tema que já há muito tempo aqui não é falado.
E como alguem tem de ir criando novos posts para que este blog não caia no "marasmo", aqui vai:
T.O.P.E . - Teatro Organizado pelos Estudantes.
Este grupo foi inicialmente criado por um grupo de estudantes, nao sei precisar bem, mas talvez na década de sessenta.
Depois de alguns anos, foi "ressuscitado" por outra geração de estudantes.
Que belos tempos se passaram por ali.
Quem não se lembra da azáfama que eram os preparativos para realizar um sarau...
O espectáculos realizados no largo do quintal da D.Laura e depois no Salão da Casa do Povo?
Lembro-me que depois de algum tempo, este grupo foi aberto a não estudantes.
Pena é que não tenha (e já não me lembro bem) do Logotipo daquele Grupo
Se houver alguem que tenha esse símbolo, que diga alguma coisa, para assim embelezar este Post.
Pode ser que ainda haja alguem que tenha um cartão de sócio, - sim, que já nessa altura mesmo para ser membro do grupo, tinha de pagar as quotas - , ou um documento qualquer com o simbolo da TOPE
Todos estes saraus, eram feitos com a "prata da casa".
Apareciam encenadores, gente da iluminação, pintores de cenários... enfim todos as coisas necessárias, à realização do espectáculo, que toda a povoação esperava ansiosamente pelas férias, altura em que se faziam os teatros.
Estes eram sempre feitos nas férias, uma vez que eram os períodos em que havia mais disponibilidade para organizar tudo, e, tambem, para se contar sempre com a colaboração de malta que estudava fora do Ferro e que não dispensava passar férias na nossa vila terra.
No Natal, Carnaval, Páscoa e Férias grandes, sempre que possível lá se realizava mais um
Muito há para contar e recordar, por isso não me vou alongar muito mais, para que, assim, quem queira e se lembre, faça os comentários que acharem interessantes.
Bons tempos se passaram à conta deste grupo de teatro amador.
Olhando para trás, muitas coisas boas se faziam em prol da cultura da nossa terra
Quem bom seria, que da parte dos nossos jovens, o grupo fosse re-rescuscitado
Ficamos, então a agurdar que muita dessa malta comece a recordar esses tempos
Abraços

Comentários

Anónimo disse…
Amigo Tó Elias, seguramente que esse teatro não é da minha lembradura, porque nesses anos sessenta ainda andava de um lado para o outro, mas gostaria também eu, que quem com conhecimento desse teatro retratasse um bocadinho o que se passava nessa Época. Afinal nunca é tarde , ouvir as stórias do antigamente . Bom Natal ao Criador do Blog, esperando que esteja recuperado, para bebermos umas bejecas neste próximo fim de semana, o mesmo desejo a todos os Bloguistas e Cibernautas.Atenção a Espinha do Bacalhau, e não se esqueçam que ele quer alho, o Bacalhau Claro !( Paulo Duarte )
Tó Elias disse…
Amigo Paulo:
Seguramente que eu nesses anos sessenta, ainda cheirava a cueiros,
e nem me passava pela cabeça integrar aquele grupo de teatro.
Tá bem que já estou velhote, mas assim tanto não... ehehehe
Se a memória não me falha, deve ter sido por volta dos anos 71/72 que relançámos este grupo (Alguem que se recorde, que emende, s.f.f)
Soubemos depois da revolução que os da PIDE, andavam de olho em nós, e que inclusivamente havia nos ficheiros naquele polícia danada, o nome da TOPE.
É que já naquela altura representávamos algumas peças, que para aquele regime, seriam alvo do lápis azul (censura para quem não sabe)
E os jograis que eram sempre representados, tinham sempre uma intenção de criticar...
Ainda me lembro daquela cena dos jograis no quintal da D. Laura e que um, pelo menos me lembro:
- Vou pra cama, estou cansado, vou pra cama vou dormir... Mas mal eu adormeço, começa o relógio a balir..."
Claro que era uma crítica ao relógio da torre quando foi instalado, pois esse tocava todos os quartos de hora!
E não estávamos habituados a tanta badalada, eheheheh
Muitas das peças e pequenos Sckets, eram escritos por amigos e colaboradores, do nosso grupo.
Eram ensaiados o rancho, danças com música da altura e as peças de teatro, rigorosamente escolhidos, para a época em que estávamos.
Muita comédia se representou, mas sempre com a preocupação de representar alguma coisita mais dramática, para incutir no povo o gosto pelo teatro e revista.
Recuando áqueles tempos, havia já por ali já um bom trabalho, a avaliar pela qualidade de programas que nos entram pela casa fora, todos os dias, o chamado lixo televisivo.
Os "esquemas" formado por um grupo de raparigas, que com uma roupita mais arrojada para altura, cantavam e dançavam, e ram sempre uma grande atracção, para o público, metendo num bolso essa coisas que andam por aí, e que dão pelo nome de delirium, e essas de girls band... que, por serem tantas, nem me lemdro dos nomes, eheheheh
Tanta coisa há para contar
Vá lá, aos que ainda se lembram, contem-nas
Abraços
Anónimo disse…
Se bem me lembro...o último espéctáculo da TOPE foi na Páscoa de 2004, pouquissimo tempo antes do 25 de Abril. Fui eu que tentei tratar da licença mas, era de tal forma complicado, tinhamos de enviar todos os textos com muita antecedência para a Censura que acabámos por arriscar e fazer sem licença.
Lembro-me de ter ido à PSP mais o senhor Prior para tratar da dita licença e, perante tantas exigências disse-lhes que fariamos o espéctáculo sem licença ao que o agente me disse que estava a desafiar a autoridade. Enquanto isto, o senhor Prior dáva-me cotoveladas para eu me calar. Não tinha eu sequer a noção do risco que corriamos. Mas enfim, o espéctáculo lá se fez, correu muito bem e talvez graças ao 25 de Abril não fomos incomodados.
Tó Elias disse…
Claro que há aí um engano na data.
Em 2004, já a TOPE (para mal dos nossos pecados) tinha acabado.
Não recordo, absolutamente nada da data do fim daquele grupo de Teatro.
Já agora quem será este ilustre anónimo que botou o comentário?
Cá ficamos à espera de mais recordações.
Sim como diria o outro: Recordar é viver
Bem hajam
Anónimo disse…
Da TOPE, falaremos depois do ano Novo, pois agora o tempo é pouco.

Já falamos neste assunto, há anos no Jornal o Zêzere.

Do seu términus, possa afiançar, e que consta de uma fotografia que anda por aí perdida em álbuns, ainda fiz uma breve peça, sobre a nefasta PIDE.

Sendo assim, eu estava na Força Aérea em Sintra, e creio que a última acção desenvolvida pela rapaziada foi em AGOSTO/74.

Digo eu..
Tó Elias disse…
Aproveitando esta quadra festiva, e como há mais hipóteses de encontrar conterrâneos não residentes, aqui fica o pedido:
Alguem que tenha alguns elementos relativos à T.O.P.E. que os disponibilize. Deve haver por aí muitas fotos, cartazes dos espectáculos (que eram sempre feitos e expostos nos locais habituais)livros de peças realizadas, sctches escritos, etc.
Muito gostaria de ter o nosso logotipo, para embelezar este post.
Portanto, alguem que queira contribuir para tal, que o faça, bem como com comentários de tanta gente que participou nestes saraus.
Infelizmente, não tenho na minha posse, nada, mas mesmo nada que recorde tais tempos, mas pelo que se sabe, houve gente que teve o cuidado de guardar alguma coisita desse grupo.
Nem sequer já me lembro se fiz parte da última direcção, mas acho que sim.
Na sede (por detrás da casa Paroquial, recuperada, havia muitos documentos, guarda-roupa.
Ficamos à espera da colaboração de tantos sócios que por ali passaram
Abraços
Anónimo disse…
Para esclarecer as dúvidas da data da extinção da TOPE, foi em meados do ano de 1977, com um convívio final , do qual há documentos. Pode ser que o Helder me ajude nestas férias a colocar fotografias desse e de outros acontecimentos. È que para isso"oh meninos tenho os dedos grossos"

Feliz Natal
Tó Elias disse…
É isso mesmo amigo...
É desses esclarecimentos que precisamos...
Esta malta nova ainda tem a cabêça fresca...
AO contrário dos cotas :)
Imagina que o "velho" dizia que tinha sido em Agosto de 1974.....
Vê lá que nem me lembrava que tu tinhas feito parte do grupo... P.D.I....
O ex-acidentado, que meta praí esses documentos...
Abraços
Anónimo disse…
Rebuscando a memória, e eu que atrás tinha dito que o último espétáculo fora pela Páscoa de 1974, cheguei à conclusão que o último espectáculo foi em Agosto de 1974. Está por isso o Zeca Elias absolutamente certo. Em próximas intervenções recordarei uma peça que representámos no Carnaval de 1974 e uma peripécia de que por certo se lembram e que de certeza o Zé Nobre não esqueceu.
Em próximas intervenções recordarei a peça de fundo do espéctáculo de Agosto de 1974 e uma rábula muito bem escrita pelo Zeca a qual recriava um programa de TV, muito popular na época, essa época pós 25 de Abril.Esse texto achei-o de tal forma bem escrito que ainda hoje sei parte dele de cor. Vamos ver então se o Zeca ainda se lembra da resposta a esta pergunta:
" Diga lá senhor Contente
como foi isto de início
os problemas familiares
e a posse deste edifício"
Se o Zeca não se recordar, dá-la-ei numa próxima intervenção.
Se dúvidas persistirem, quem poderá tirá-las é o António Brojo Esteves, tinha acabado de chegar de Timor e emprestou um gravador que trouxera o qual era uma super máquina para a época.
Quanto à direcção, o Tó Elias fazia parte nesta altura mais o Luís Marrocano e o Carlos Versos(Borralho).A direcção anterior tinha sido presidida pelo Maurício. Talvez por esta informação se lembrem por que é que houve o problema com a licença na Páscoa e nunca tinha havido nos espectáculos anteriores.
O convívio de que alguém falou atrás foi em meados de Novembro de 1974, no entanto esse convívio não tinha a intenção de acabar com o grupo. O grupo desmoronou-se pelo Natal, com a preparação das Janeiras e aconteceu porque vários membros não quiseram participar.
Anónimo disse…
" mea culpa", escrevi mal a palavra especáculo e ainda por cima espalharam-se os acentos em cima da palavra.
Um Santo Natal para todos.
Anónimo disse…
Não vale a pena voltar a corrigir, passa da uma da manhã e, quanto mais corrijo mais erro.
Tó Elias disse…
Ora aí está um comentarista, com boa memória.
Pena que o faça como anónimo!
Mas está no seu direito. De toda a maneira, mesm que o não faça neste espaço, muito gostaria de saber que ele é, e para assim trocarmos algumas informações. Mas que é um dos da TOPe, não há dúvida nenhuma.
E este é dos bons, que ao contário da minha pessoa, se lembra de muitos pormenores, como aquele que eu tinha feito parte da última direcção (acho que não foi a única).
Depois de ler este comentário, acabei tambem por recordar, que no dia de hoje (véspera de Natal) fazíamos as Janeiras.
Que belos tempos se passaram!
Quanto aos erros, meu amigo, quem nãos os faz? E depois, esta coisa não tem o corrector de erros! Ora bolas! eheheheh. E depois, escrever a altas horas da madrugada, é o que dá...
Vamos lá aproveitar este comentador com "memória de elefante", pois é deles que precisamos, para neste espaço recordarmos o que se passou por aquele grupo.
Muitas fotos e escvritos devem andar por aí espalhados!
Vamos reparti-las com todos!
E há tanta coisa pra contar!!!
Cá ficamos a aguardar mais comentários de lembranças desses tempos e já agora, o amigo anónimo que diga aos amigos (que o é concerteza) de quem se trata.
Com o desenrolar dos comentários vir-nos-ão à memória muitas passagens que aconteceram neses anos.
BOM NATAL!
Anónimo disse…
Ora, então para o meu caro amogo António Elias cá vai mais uma dica: Pelo Carnaval de 1974 representámos uma pequena peça que era o "São Nicolau"e, a propósito desta peça vê lá se te recordas da partida que o Zé Nobre nos pregou.
Anónimo disse…
Desculpa mais um erro mas, infelizmente, no teclado as letras i e o estão ao lado uma da outra.
Tó Elias disse…
Anónimo:

Representámos? Quem?
Não recordo esse episódio. Ainda se ao menos soubesse quem faz este comentário, poderia ser que lá chegasse....
Abraços
Anónimo disse…
Ora bem, vamos lá então por os pontos no giz,como diria o nosso amigo "paroquiano" ah, ah, ah!!!
Vamos falar da peça "S. Nicolau que representámos no Carnaval de 1974.
A peça "São Nicolau" era uma peça cómica que retratava uma viagem pelo mundo de um bispo, o S. Nicolau. Este bispo deslocava-se pelas aldeias acompanhado de diabos e, com o objectivo de castigar e enviar para o inferno quem se portava mal. O bispo condenava e os diabos executavam as suas ordens.
Em cena aparecia o bispo e uma reprentação do inferno, com fogo e cheiro a enxofre e tudo.Para dar mais realismo à peça, os condenados seriam rapazes que estavam na assistência os quais não sabiam de nada. Quando o bispo proferia a sua condenação os diabos corriam à assistência e apanhavam esses rapazes que atiravam para o inferno. Ora acontece que um dos condenados seria o Zé Nobre o qual, como era matreiro e andava sempre por ali, suspeitava que também ele seria condenado.Aconteceu então que quando o São Nicolau proferiu o nome dele, estava já ele com um pé fora da sala. Os diabos perseguiram-no escadas abaixo, rua fora... mas, ele conseguiu escapar e foi-se esconder detrás da malhadeira do pai. Os diabos não o conseguiram encontrar. Ora, como não o encontraram e, para não regressarem sem ninguém, apanharam na rua outro rapaz que trouxeram em seu lugar e que quando entraram na sala gritava: "não sou eu, não sou eu!"
Como vez o Nobre não é só agora que é reguila, aquilo já é de nascença.
Para ver se te recordas eu fiz o papel de S. Nicolau e o Laurindo também entrava na peça.
Anónimo disse…
Mais um disparate, escrevi vez por vês.
Anónimo disse…
Li com muita atenção todo o artigo e diversos comentários.Recordar é viver e ninguém parece ser velho por essas coisas terem acontecido há bastantes anos desde que se tenha espírito jovem.
A TOPE foi criada se a memória não me atraiçoa nas férias grandes de 1958 por um grupo de estudantes da nossa terra.
Tinha uma Direcção constituida pelos agora senhores doutores Jorge Bruxo, João Dias e Jaime Esteves que era também o ensaiador.
Havia um conselho de anciãos que alé da Direcção incluia os senhores doutores João Tavares e Silva Raposo.
A arraia miuda eram os restantes estudantes do Ferro, os quais não tinham votos na matéria e limitavam-se a entrar nas peças e a serem uns paus mandados dos anciãos.
Todos os anos faziam os seus teatros no quintal da D Laura Maricoto e por uma vez na quintal do Sr Manuel Rolo em frente da Casa do Povo por ter falecido a mãe da D Laura.
A Direcção era eleita por todos mas democráticamente só podiam ser eleitos os anciãos.
Um ano,não sei se em 1962 ou 1963 a arraia miuda tomou conta do poder mas teve de subordinar às decisões dos anciões.
Por motivos da vida particular de cada um, Universidade, tropa a TOPE começou a perder vida até que paralizou. Voltando ao activo com a nova geração de que se fala atrás.
Aqui deixo uma pequena achega para relembrar os tempos primórdios da TOPE que até tinha um jornal e era só constituída pelos estudantes, as meninas não podiam pertencer porque ficavam mal na fotografia.
Até breve.
Tó Elias disse…
Ora aí está, amigo ANtónio.
Era mesmo dos teus comentários que estávamos à espera.
Hoje ao falar contigo do Blog, esqueci-me de te pedir isto mesmo.
Tu, com essa memória que todos nós conhecemos, poderás, efectivamente, dar um bom contributo.
Tambem deves ter em teu poder, nos eus arquivos, alguns documentos, fotos, ou outras coisas, que possamos fotografar e inserir no Blog. Seria interessante
Um abraço
Anónimo disse…
Na altura da criação como os elementos mais velhos tinham as ideias precisas com fazer teatro, com Palco, cenários, etc eram eles que mandavam e por vezes a arraia miuda não atinavam com eles e entravam em birrinhas de meninos, era a idade.
Conseguiu-se arranjar peças de teatro só para rapazes que as edições salesianas publicavam e lá se escolheram as primeiras que deram muito trabalho a ensaiar e a fazer os cenários que a partir daí eram sempre os mesmos apenas alterando os adereços.
Foram umas férias grandes diferentes das que estavamos habituados e nos anos seguintes tudo se alterou com a vontade de se fazer teatro que ocupasse o tempo livre que tinhamos.
Foi bastante giro, porque não era só teatro, os anciãos foram acampar para a Serra da Estrela num desses verões e houve um em que o Presidente era o Dr João Dias
fomos todos acampar para a quinta do Pereiro onde estivemos 3 dias foi maravilhoso. Dormimos em tendas, fizemos as refeições, houve uma que não se pode tragar mas tudo correu pelo melhor, passeamos pela serra do pereiro, em suma foi bom pertencer à TOPE.
Em 1968 ensaiou-se o Auto do Vaqueiro e apresentou-se na Festa do Coração de Maria, onde hoje uma actriz de nomeada, Teresa Madruga, fez parte da peça, além de outros como a GÉGÉ, Luis Manuel, a irmã da actriz referida e muitos outros que já não me lembro. Essa peça foi também apresentada no Seminário do Tortosendo em Setembro.
Sobre a nova TOPE pouco sei apenas estive nos ensaios do carnaval de 1974 e assisti a representação do dia de carnaval se não me engano dia 29 de Fevereiro. Era difertente da primeira TOPE porque entravam miudas e havia mais possibilidades de se fazer teatro e algum teatro de revista. Posso estar errado mas penso que uma das ,usicas que as raparigas dançavam era o POP CORN.
Por agora fico aqui se me lembrar de mais alguma coisa vou entrando
Até Breve.
Tó Elias disse…
Ora aí temos uma boa recordação de uma actriz de nome bem conhecido dos portugueses e de alguns ferrenses em particular.
A actriz Teresa Madruga, da família da D. Mariazinha, costumava passar férias na nossa terra.
Pelos relatos do nosso amigo António (grande memória) nos lembramos da passagem dessa actriz por cá.
Será que o gosto pelo teatro lhe veio desses tempos passados no ferro, com a sua participação em várias peças?
Basta consultar a sua Biografia, e, ver que estamos a falar de uma actriz muito conceituada na nosssa praça.
Será que há outros por aí que não tenhamos conhecimento?
Cá continuamos à espera de mais comentários.
Abraços
Anónimo disse…
Tendo "escutado" atentamente o anónimo que mostrou recordar-se de coisas desde 1958, a quem o Elias chamou amigo António, vou fazer-lhe um pequeno reparo: não foi o meu amigo que acabava de regressar da colónia portuguesa que foi a última a tornar-se independente por ter sido invadida pelo vizinho? Não foi o meu amigo que trouxe um gravador, com muitos botões e luzinhas que era uma super-máquina para a altura e que serviu durante os ensaios e os espéctáculos? Ora diga lá!!!
Está certíssimo quanto à música POP CORN.Quanto ao espectáculo do Carnaval de 1974 não pode ter sido a 29 de Fevereiro porque esse ano não era bissêxto.
E já agora vá dizendo mais coisas porque o meu caro amigo sabe muito mais do que aquilo que disse.
Anónimo disse…
Ora aí estão dois conterrâneos com memória de "elefante".
O A.B e o L.M.
Essa do gravador com muitas luzinhas, L.M, agora sim lembro-me disso..
Essa do 29 de Fevereiro, só dessa cabeça, eheheheh.
Ponham cá para fora todas essas recordações, para que assim fiquem devidamente registadas.
Quem melhor que o A.B, para se lembrar de todas essas peripécias?
-Perguntem-lhe alguma coisa de futebol desses tempos, que ele se encarregará de de esclarecer. Até é capaz de se lembrar da constituição das equipas daqueles jogos mais importantes!
Ou não fosse ele um Sportinguista de gema, com cartão e tudo!!!-
Já que aqui estamos, de tantas e tantas recordações que virão aqui ser transcritas, nunca, mas nunca poderemos esquecer o maior técnico de iluminação à altura.
Tratava-se do nosso grande amigo L. Mourinho. Mais tarde, por deliberação da Direcção, foi-lhe atribuída a categoria de Chefe de Material! Bem Aplicado este nome!
Quem não se lembra da construção daquele célebre quadro eléctrico feito por ele, com muitos interruptores?
Muito gostaríamos de saber onde anda esse material...
O Técnico não teve culpa, mas ao ligar aquilo tudo à corrente, para o ensaiar (parece que estou a ver) não é que os interruptores de (grande qualidade) começaram a derreter-se?
Imaginem a cara no nosso famoso técnico...
"Repentino" como ele era, lá foi fazer a reclamação ao vendedor, exigindo de imediato a troca por outros de melhor qualidade..
Aquelas luzes da ribalta, com papel de celofane de várias cores, que começavam a arder, com o calor das lâmpadas...
Lá teve o nosso chefe de material mudar para holofotes de várias cores, para assim conseguir os efeitos especiais, que lhe eram pedidos...
Cum catano, eram muito mais caros, mas valia a pena)
Mas que aquele célebre quadro eléctrico funcionava, lá isso é verdade.
Era de gritos aquela cena de, com a destreza que todos lhe conhecemos, de quadro eléctrico à sua frente, ligar e desligar os diveros interruptores, e assim fazer os efeitos que não ficavam nada atrás dos grandes palcos de revistas da capital (modéstia à parte, eheheh)
Cá ficamos à espera de mais comentários, esperando, que muito mais gente os vá fazendo, (e há por aí muita)
Abraços a todos
(Como não consigo entrar como registado - não sei o que se passa com isto -) assino
Tó Elias
Anónimo disse…
T.O.P.E.

Porquê a sua criação?

Talvez pela malta nova, na sua infância ter apreciado, os escuteiros do Seminário da Guarda que acamparam no Ferro, durante uns tempos, e, no final, deram um espectáculo teatral no quintal da D. Laura. O Sr. José de Matos, nascido no Ferro, então seminarista, fez rir todos os espectadores com a sua interpretação genial no papel de "Bobo da corte" e que ficou gravada na memória da pequenada.

Talvez a TOPE assentasse aí as suas raízes e a rapaziada fosse encorajada pelo Prior de então, o padre Sanches, para passar à respectiva concretização.

Talvez os putos, chamados de anciãos, nem se recordem dos porquês do seu aparecimento

Velhos tempos, em que pano de lençol serviu para fazer os cenários e um pano de boca que, em vez de abrir do meio para os lados, abria duma ponta para a outra. Era uma vergonha!

As raparigas, ainda que quisessem participar, não tinham carta de alforria. Arriscavam-se a ser excomungadas pela família.

Quando havia espectáculos, a igreja ficava quase sem bancos...

Nos intervalos, abria o bar, onde se vendiam sandes e bebidas...

Bons tempos esses em que a Televisão ainda estava no começo e o povo se divertia com actores de meia tigela que nem para limpar um palco serviam..

Esses tais anciãos eram uns putos de 15 a 16 anos...

Deixei o Ferro, quando a estudantada se encontrava em plena actividade, mas fiquei sempre sintonizado com o que por aí se passava.

Segundo ouvi dizer, a "Companhia" chegou a dar um espectáculo numa freguesia vizinha, a 6 quilómetros de distância. Também me disseram que no quintal do Sr. M. Rolo, houve um "sacana" que quis fazer de ponto para poder fumar às escondidas do pai. Tanto fumou que a caixa do ponto mais parecia uma chaminé. Há quem diga que alguém lhe atirou com uma balde de água, mas eu não acredito.

Contaram-me que, à boca de cena, os artistas cantavam, contavam anedotas e diziam poesia, enquanto se mudavam os adereços. E que "as aulas do menino Tonecas", antes de passarem pela Televisão, foram aí apreciadas, uns bons anos antes.

Mais tarde, depois da TOPE suspender a sua actividade, alguém me disse que as raparigas tinham chamado a si os despojos, sem dizerem água vai, e fizeram um teatro só de raparigas..

Fiquei surpreendido com a segunda fase da TOPE que eu desconhecia por completo.
É sempre bom recordar o passado!


(Dotejo)
Tó Elias disse…
Só pelos comentários que já foram feitos sobre a TOPE, acho que valeu a pena lançar este Post.
Aparece agora mais um digníssimo comentador (Do Tejo) a fazer relatos de situações passadas naquele grupo.
Ao ler o comentário, recordo realmente embora a muita distância esse espectáculo que foi feito no Quintal do Sr Rolo!
Desconhecia que o falecido José Matos tambem tinha feito parte da TOPE.
Lembro perfeitamente de ter ouvido contar a cena de um membro do grupo (nada sacana, por sinal, e que pelo facto de já ter falecido, me merece o maior respeito), que foi fumar para baixo do palco e deu origem aquela cena hilariante.
Vá lá amigos, (do Tejo, do Zêzere e até do Mondego)quando se lembrarem de alguma coisa dessse tão prestigiado grupo comenta-nas aqui.
Quem sabe, um dia não se poderá até escrever um livro com todas estas passagens?
Até lá!
Anónimo disse…
Há uns enganozitos que vou tentar clarificar, pois a fonte é fidedigna.

Primeiro: O falecido José de Matos nunca pertenceu à TOPE. Era um dos escuteiros do Seminário da Guarda que acamparam no Ferro. Participou no espectáculo teatral dos escuteiros no quintal da D. Laura. A sua representação, nesse espectáculo, ficou gravada na memória da pequenada e talvez tivesse contribuído para estimular a criação da TOPE, anos mais tarde.

Segundo: O "sacana" que está entre aspas, o tal que quis fazer de ponto para poder fumar às escondidas do pai, ainda se não finou, está vivinho da costa e até é natural que o encontrem de vez em quando. :-)


(Dotejo)
Tó Elias disse…
Muito obrigado pelo esclarecimento.
Nunca quis dizer que a palavra sacana entre aspas, tivesse da parte do comentador uma intenção de magoar. Entendi perfeitamente o significado da expressão.
Sempre ouvi esta história em que o "protagonista" era o nosso amigo já falecido Luis Manuel Campos, filho do tão nosso cmnhecido Zé Campos.
Mas, concerteza que a pessoa que fez esse relato, deve saber muito melhor dessas passagens..
Já agora, amigo "Dotejo", (muito eu gostaria de ver o verdadeiro nome nos comentários, mas claro que isso fica ao critério de cada um), caso deseje, poder-nos-ia, esclarecer se o falecido Zé Matos a que se refere, é aquele senhor nascido no Ferro e que depois foi para Lisboa e que nos visitava aí muitas vezes por causa do seu trabalho que exercia na Santa Casa?
Obrigado pelos esclarecimentos.
Anónimo disse…
Segundo a fonte que considero fidedigna, lanço-vos uma achega:
Bebam a informação directamente das nascentes.

Os senhores Manuel da Silva Raposo, António Esteves e António Forte, todos eles pertenceram à TOPE e devem ter muito que contar.
A senhora D. Maria de Lurdes do Rosário, que residia em casa da D. Laura, também deve saber muitas historietas sobre a TOPE e também poderá dar explicações sobre os despojos que as raparigas chamaram a si para fazerem teatro.

(Dotejo)
Anónimo disse…
Eu sei que não era essa a intenção. :-)

Na época, o saudoso Luís Manuel pertencia ao grupo dos mais novos que ainda não fumavam e , quando fumavam, eram repreendidos...

A fonte que me tem fornecido as informações é realmente fidedigna.
Não é importante quem escreve, importante é o conjunto de notícias que poderão ser testadas junto daqueles que directamente participaram na TOPE.

No post anterior, houve um pequeno esquecimento: O senhor João Dias costuma ir muitas vezes a Peraboa, também poderá contar-vos algo. Também o senhor António Esteves poderá contactar o seu irmão, creio que se encontra em Lisboa.

O falecido Zé da Matos era realmente esse senhor, uma pessoa muito digna que fez o favor de ser meu amigo.

Os esclarecimentos não merecem agradecimentos, foram dados com todo o prazer, tal como os seus e os dos outros participantes.


(Dotejo)
Anónimo disse…
Lancei há alguns dias um desafio ao Zeca Elias para ver se ele se recordava do resto do texto da rábula "Senhor Feliz e Senhor Contente." Tem estado muito distraído.Vamos lá ver se se recorda do resto do texto ou se, em alternativa, me obriga a rebuscar os cantos da minha memória.
Já agora deixo-lhe aqui o início da resposta.
"Esta casa------------------
---------------------------
E os pais -----------------
---------------------------"
Veja lá então se completa os espaços em branco.
Se não se recordar deixo-lhe aqui o meu contacto:96------2.
Tó Elias disse…
Lembro-me perfeitamente amigo l.M, de ter feito essa rábula.
Os "actores" era o amigo Maurício e cá a minha pessoa.
Não sei se o autor ainda se lembra do texto, mas cá pra mim, não.... os anitos vão passando.
Eu que ensaiei, reensaei e e fiz a rábula com o grande actor Mauricio, não consigo tammbem recordar nadica de nada das quadras (que tinham a intenção de criticar assuntos nacionais e da nossa terra).
Já agora "bota-as" para cá ó prof da treta, eheheeh
vê lá se te decobrem o resto do telem. eu sei... mas não digo, ehehehe
Já agora, se tiveres algum livrito da TOPE, digitaliza e mete no blog
Abraços
Anónimo disse…
Não tenho nada da TOPE; apenas as boas recordações.
Dá lá um abanão ao teu irmão para ver se ele se recorda. Se não se recordar eu, brevemente, completarei o texto que submeterei à sua(dele)consideração.
Anónimo disse…
O Tó Elias anda muito esquecido. Já vai sendo tempo de dizeres mais qualquer coisa.
Tó Elias disse…
Pois é amigo Luis cá o rapaz, já anda a ficar saturado...
Eles falam, falam, falam, mas não os vejo a comentar nada!
Isto de serem sempre os mesmos a comentar, pode originar uma certa saturação para quem lê.
Acho, que melhor que eu, há por aí muito boa gente (tanto em lembranças, como no modo de escrever) que o derão fazer bem melhor.
Acho que dei um contribuito para que este assunto fosse lembrado, lançando-o neste espaço, mas pelo que vejo, como é costume na nossa terra, o pessoal (e tenho a certeza que há muitos por aí) prefere não dar o seu contributo.
Sendo assim, cá fico à espera de ler mais uns comentários àcerca deste assunto que muito bons momentos deu a quem nele participou.
Já agora, tu que tens boa alembradura, vai escrevendo, e assim, pode ser que espevite o interesse de mais alguem
Abraços
Anónimo disse…
Já que assim mandas, vou completar a resposta do senhor Contente, que está numa intervenção atrás, que o teu irmão ainda não completou. Para que todos percebam vou começar pela pergunta do senhor Feliz:
Senhor Feliz:
Diga lá senhor Contente
como foi isto de início
os problemas familiares
e a posse deste edifício.

responde o senhor Conente:
Este edifício foi-nos cedido
com a maior das boas vontades
e os pais compreenderam
o que lhes prezava nesta idade.

Ora vê lá se te recordas pois foste tu que fizeste um dos papéis.

até breve!
Tó Elias disse…
Agora sim recordo stas quadras.
Só assim me consigo lembrar!
Ainda bem que há ainda por aí gente com esses registos de memória.
Essas quadras deviam ter a ver com o inicio das actuações na Casa do Povo.
Quanto aos problemas familiares, não recordo, mas deveria ser relativo às autorizações das raparigas para entrarem nos espectáculos, pois havia alguns pais que não "alinhavam" muito nessas coisas.
Vai escrevendo o que lembrares, e assim, talves, puxar pela "mimória" de outros que muito devem ter para contar
Abraços
Anónimo disse…
Apesar de não conseguir " chegar " ao Sr.Dotejo, achei surpreendente ter-nos relatado passagens dos primórdios da TOPE.É possivel que tenha mais episódios que agradecemos a sua divulgação.

Quando relançámos de novo este grupo, fomos à loja do Sr.Rodrigues, pedir "fiado" e "abrir conta" para as primeiras despesas, que pagaríamos com as receitas do 1º espectáculo.

Que sim senhor,que não havia problemas.E perguntou-nos, e isso é que foi engraçado, se nós queriamos ver uma relíquia...

E vimos: era um daqueles livrinhos compridos de "calotes",dizendo - TOPE - Diversos -- 23$oo.

Gostava de ter aquela reliquia.É claro que pagamos a dívida e continuamos lá com conta aberta.Creio que pagamos tudo..

Foram belos tempos.O primeiro Presidente foi o Zeca Dias, mas havia também o Zeca Elias e o Zeca Ribeiro.
O Luis Mourinho, como já foi referido, foi sempre o Chefe do Material. Hoje chamar-se-ia. Técnico de Manutenção.

Hoje fico-me por aqui, enviando um abraço para todos e um especial ao Sr.Dotejo.
Anónimo disse…
O Sr. Zeca Elias pode "chegar" com bastante facilidade até mim. Basta vir pela estrada nacional que liga Abrantes ao Entroncamento e, perto de Almourol, perguntar pelo Dotejo - Toda a gente conhece. A propósito, se se sente bem com este tratamento, pode continuar com o Sr. Dotejo. Eu detesto, mas gosto da reciprocidade. :-)

É possível que haja mais episódios que talvez venham à memória com a continuação do diálogo.Quem sabe?

Achei curioso que, no relançamento do grupo, utilizassem o mesmo caminho e o mesmo método, outrora seguidos, para aquisição do material.

Chamar "calote", mesmo com aspas, a uma relíquia é quase um sacrilégio... Desconhecia que os sujeitos ficassem a dever o que hoje representa pouco menos de 11,5 Cêntimos, mas que, na época, equivalia a quase um dia de trabalho agrícola. Se for a leilão, eu cubro a maior oferta! Os juros que os irresponsáveis de então terão de pagar devem valer uma fortuna... :-)

Na segunda fase, já deveriam usar altifalantes (hoje, chamados de colunas de som) de jeito para a emissão de música e de avisos ao espectador nos intervalos. Nos primórdios, era uma telefonia com um sistema engendrado pelo irmão do Sr. Carlos, dono da Padaria, que expandia o som pelo recinto. Claro que a música emitida pela rádio saía nítida, mas o som da voz era roufenho, cavernoso e perdia-se grande parte do que se pretendia dizer, mesmo falando pausadamente e um pouco afastado do micro. Havia dois ou três que disputavam o microfone para botar "faladura", um deles seria o Sr. João Tavares. Apesar dos nomes deste senhor e do Sr Jorge Bruxo já terem sido mencionados em posts de outro autor, por lapso de memória, não os revelei em anteriores comentários. Para eles e para os leitores, as minhas desculpas pelo esquecimento.

Agradeço e retribuo o abraço ao Sr. Zeca Elias.


(Dotejo)

P/S: Se a relíquia for a leilão... :-)

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