Portugal visto de Espanha. AS VERDADES OCULTAS EM PORTUGAL

(DES)DITOSA PÁTRIA MINHA AMADA.....Lisboa, 21 Set (IPS) - indicadores económicos e sociais periodicamente divulgados pela União Europeia (UE) colocam Portugal em níveis de pobreza e de injustiça social inaceitável para um país que integra desde 1986 o "clube dos ricos" no continente Europeu. Mas o golpe de misericórdia foi a avaliação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE): Portugal, nos próximos anos distanciará ainda mais de si próprio os países avançados. A produtividade mais baixa da UE, fraca inovação e vitalidade do sector empresarial, a má educação e à formação profissional, de desvio de fundos públicos, derrapagens e os maus resultados são dados salientados pelo relatório anual sobre Portugal, para a OCDE. Ao contrário Espanha, Grécia e Irlanda (que formam também parte do "grupo dos pobres" da UE), Portugal não conseguiu ter um financiamento significativo, com o seu desenvolvimento na comunidade, que fluiu ininterruptamente a partir de Bruxelas por quase duas décadas.

Em 1986, Madrid e Lisboa aderiram à então Comunidade Económica Europeia com taxas semelhantes de desenvolvimento relativo, e apenas uma década atrás, Portugal era um lugar mais elevado do que a Grécia e a Irlanda, no ranking da UE. Mas em 2001, tenha foi ultrapassado por esses dois países, enquanto a Espanha está localizado a uma curta distância da média do bloco. "A convergência do Português com a economia mais avançada do ECO parece parado nos últimos anos, deixando uma lacuna significativa na renda por pessoa", diz a organização.

No sector privado, dos bens de capital não são sempre utilizados de forma eficaz ou estão localizados e as novas tecnologias não forem tomadas rapidamente ", afirma a OCDE. " Portugual tem menos educação formal do que os trabalhadores de outros países da UE, incluindo os novos membros da Europa Central e Oriental", disse o documento. Todas as análises sobre os valores investidos concordam que o problema central não está nos montantes, mas nos métodos de distribuição. Portugal gasta mais do que a grande maioria dos países da União Europeia em matéria de indemnizações para funcionários públicos, originando que o seu produto interno bruto, não consiga melhorar significativamente a qualidade e a eficiência dos serviços. Com mais professores por aluno, não consegue dar uma educação competitiva e de formação comparando com o resto dos países industrializados.

Nos últimos 18 anos, Portugal foi o país que recebeu mais benefícios per capita em cuidados comunitários. No entanto, após nove anos, em vez de aproximar os níveis da UE começou a cair e hoje as perspectivas apresentam maior distância. Onde foram parar os fundos comunitários?, É a pergunta insistente em debates televisivos e colunas de opinião nos principais jornais do país. A resposta mais comum é que as carteiras de dinheiro engordam aqueles que já tinham mais. Os números mostram que Portugal é o país da UE com maior desigualdade social e com os mais baixos salários mínimos e ficando a meio do bloco, pelo menos até 1 de maio, quando foi prorrogado de 15 para 25 nações. Também é o país do bloco em que gestores de empresas públicas têm salários mais elevados. O argumento mais frequente dos executivos indica que "o mercado é que decide o salário".

Consultado pelo IPS, antigo ministro das Obras Públicas (1995-2002) e actual vice-socialista João Cravinho negou essa teoria. "São os administradores que definem os seus próprios salários, não podemos carregar a culpa sobre o mercado," disse ele. Nas empresas privadas com participação do governo, do estado ou em privado com os accionistas minoritários dos executivos, estabelecem os seus vencimentos astronómicos (alguns chegam a 90.000 dólares por mês, incluindo os prémios e royalties), com a cumplicidade dos accionistas de referência ", afirmou Cravinho. Estes mesmos grandes accionistas, "são dois altos executivos, e todo este sistema, basicamente, é em detrimento dos pequenos accionistas, que faz com que uma grossa fatia dos lucros vá para contas bancárias dos gestores' lamentou o ex-ministro. Esta situação de desigualdade surge cada dia com os mais variados exemplos. A última é a crise no sector automóvel. Os comerciantes queixam-se de uma queda de quase 20 por cento nas vendas de automóveis de baixa cilindrada, com preços entre 15.000 e 20.000 dólares. Mas representantes das marcas de luxo como Ferrari, Porsche, Lamborghini, Maserati e Lotus (veículos valor superior a US $ 200.000), lamentam a oferta não poder dar para todos os pedidos, tendo um aumento de 36 por cento da procura. Estudos sobre a tradicional indústria têxtil Lusa, que foi um dos mais modernos e de mais qualidade no mundo, demonstram o seu impasse, porque seus empregadores não fazem os ajustes necessários para actualizá-lo. Mas a zona norte onde se concentra a indústria têxtil, tem mais carros por metro quadrado que a Ferrari na Itália.

Um executivo de tecnologia da informação espanhol, Javier Felipe, disse à IPS que, em sua experiência com empresários Portugueses, eles "estão mais interessados no projecto que é a imagem do que com resultado do seu trabalho". Para muitos é mais importante é conduzir automóvel, o cartão de crédito que pode usar para pagar uma conta ou modelo de telefone celular, do que a eficiência da sua gestão, "disse Philip, esclarecendo que há excepções. Tudo isto está a criar uma mentalidade que, em última instância, afecta o desenvolvimento de um país ", considerou. A evasão fiscal é outro aspecto. A impunidade tem castrado investimento do sector público com potenciais efeitos positivos na superação da crise económica e de desemprego, que este ano chegou a 7,3 por cento da população economicamente activa. Os únicos contribuintes para os cofres do Estado são os trabalhadores contratados, que deixam grande parte do salário retido na fonte de trabalho. Ao longo dos últimos dois anos, o governo decidiu entregar a carga fiscal sobre essas cabeças, mantendo situações "obscenas" e "escandaloso", segundo o economista e comentarista de televisão António Perez Metella. "Em vez de anunciar progressos na recuperação dos impostos daqueles que continuam rindo na cara do Tesouro, o governo (conservador) decidiu tomar uma maior fatia do mesmo àqueles que já pagam o que é devido, e deixa intacta a nebulosa de fugitivos procuradores, sem coerência ideológica, sem visão para o futuro ", criticou Metella.

O teste é explicado no parecer uma coluna de José Vitor Malheiros. Segundo esses documentos entregues às autoridades fiscais, médicos e dentistas relataram renda média anual de 17.680 euros (21.750 dólares), os advogados 10.864 (13.365 dólares), os arquitectos de 9.277 (11.410 dólares) e engenheiros de 8.382 (10.310 dólares). Esses números indicam que por cada seis euros para pagar os impostos, "roubam nove para a comunidade", uma vez que esses profissionais não dependentes deveriam de contribuir com 15 por cento do total do imposto sobre o rendimento singular e pelo trabalho tributado, descontando apenas seis por cento disse Malheiros.Com o retorno dos impostos para fechar um ano fiscal, eles "roubam mais do que pagam", disse com sarcasmo. Se um país "permite que um profissional liberal com duas casas e dois carros de luxo declare rendimento de 600 euros (738 dólares) por mês, ano após ano, sem ser questionado, no mínimo por parte do Tesouro, e recebe uma bolsa do Estado para ajudar a pagar escola particular para os seus filhos, significa que o sistema não tem moral ", exclamou.

Texto enviado por um amigo, na versão original, para o meu e-mail. Obrigado.

Tradução retirada daqui.

Comentários

Anónimo disse…
Ai cum carago.........
Quando não há temas para escrever no blog... escrevemos merda em quantidades incontroláveis...
danitri.® disse…
comentário infeliz.

se para ti é merda, para muita gente é interessante.

se não gostas, não venhas cá... não fazes cá falta.

só sabes comentar neste blog, para dizeres asneiras... mas para dizeres algo de útil, comentar temas sérios... isso não sabes tu.

o teu problema, sei bem qual é... mas deixa lá, os temas interessantes logo aparecerão.... quem colocou os anteriores, também colocará os seguintes.
Anónimo disse…
Bla bla bla whiskas saquetas..

Acho muito bem que aqui continues a vir mesmo que seja para dizer mal. Ou só se tem de dizer bem deste blog?

Ganha juizo e põe é temas da vila do ferro que é para isso que aqui se passa..

Quando quiser ir ver blogs onde se fala mal de espanhois e que nós somos coitadinhos sei onde ir.
Anónimo disse…
http://mafiadacova.blogspot.com/2009/03/mario-crespo-entrevista-medina-carreira.html


AGRADEÇO A TODOS QUE OIÇAM ESTA ENTREVISTA DO DR MEDINA CARREIRA
Dotejo disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse…
Gostava de ver a opinião do sr Dotejo no post do estado da estrada em que é debatido o problema da fonte da rua da Igreja, porque os comentários dele são a meu ver correctos e tambem gostamos das suas opiniões.
Quanto a mim, é um assunto bastante pertinente e teria de haver, pelo facto de ter lá uma placa a dizer que a água não é propria, uma clara informação da junta de freguesia para este assunto.
ora se fazem as anaálises de todas as fontes - incluindo o monte serrano - porque não fazer desa fonte tambem?
Por mais que pense neste caso, não consigo mesmo entender,
Eu acho que a analise deveria ser feita aquando das outras, ser publicada - como muito bem é feito - tanto no blog como nos locais apropriados e depois cada um faria consoante essa análise o que bem entendesse do consmo dessa água.
Seria a meu ver uma maneira de tirar até qualquer responsabilidade á junta no caso de algum problema relacionado com este consumo possa resultar.
Mais uma vez digo que acho no minimo MUITO ESTRANHO a não realização dessa analise.
Comente caro Dotejo
Anónimo disse…
anónimo, faça o seguinte: deixe de andar por aqui a fazer queixinhas, e escreva para info@aguasdacovilha.pt a pedir o esclarecimento das suas duvidas.
Dotejo disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Dotejo disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse…
Já agora sr Dotejo que tem a dizer sobre o anuncio no blogue da casa do povo da Assembleia geral?
Acho os erros lá apresentados inadmissíveis, colocado ne espaço que é?
Dotejo disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse…
Possivelmente o post mais estupido do ano.
Opa, mete comentários teus e de perferência curtos senão ninguém lê isso.
Mete links quando o texto vier a metro.
danitri.® disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
danitri.® disse…
Estúpido é o seu comentário, Anónimo.

Por estas e por outras é que me desmotiva escrever mais Post neste Blog.

Comentário muito bom, Sr. Dotejo. Tenho pena, que mentes muito pequenas só queriam este Blog para falar mal da Junta de Freguesia, criticar tudo e todos, etc e etc.



O ultimo Post que lancei neste Blog, faz a 4 de Abril um Mês que foi aqui colocado. Nesse dia, vou continuar a mostrar a nossa Vila do Ferro, colocando texto e imagem sobre a nossa Terra, noticiando como vai indo a Vila chamada de Ferro.

Até lá, esta paragem de um Mês, serve para perceber a reacção dos leitores deste Blog, que já mostrou muito sobre a Vila do Ferro… penso eu.
Até ao momento, pelos comentários que por aqui vão, a maior parte deles, sinto-me desmotivado a continuar a fazer o que até aqui tenho vindo a fazer. Quando uma pessoa que escreve tão bem, penso eu, como o Sr. Dotejo, vem aqui lançar um coment, acho que não é nenhum crime, um comentário tão bom, com pés e cabeça, um comentário que dá para que se siga aqui um debate, e que vem um Anónimo logo a seguir, dizendo que o coment é estúpido. Por favor, que prazer dá tornar a lançar Post´s, tornar a escrever, qualquer coisa neste Blog?
Paragem de um Mês em Post´s neste Blog, para ver reacções, reacções positivas e negativas. Infelizmente, mais negativas do que positivas. Dia 4 voltarei, mas……

Um trabalho que neste Blog se pode ver, e ler, não é conseguido através de qualquer renumeração, :) não há salário. É conseguido sim, através de motivação, motivação para sair para a rua, e tirar fotos, motivação para ir a um evento qualquer, chegar aqui e noticia-lo. Agora, dando como exemplo o ultimo coment, quando um Anónimo diz que o coment do Sr. Dotejo é estúpido… por favor, estupidez, estupidez, é vir aqui escrever em Anónimo, dizer mal deste ou daquele, de forma gratuita, sem qualquer razão para tal. È como os coments que são feitos contra a Junta, ou contra a Câmara. São comentários estúpidos, feitos por Anónimos, que não têm a coragem de se identificar, de lançar um e-mail, ou de fazer um telefonema, para a Junta de Freguesia, ou para a Câmara Municipal, dizendo o que está mal, expondo as suas reclamações. Só o sabem fazer neste Blog. Infelizmente parece que este Blog é usado principalmente para isso, porque lêem-se mais comentários desse género, do que comentários como o do Sr. Dotejo.. e quando aparecem esses, são logo abatidos.

Felizmente sei que o Blog é visto por muitas pessoas que gostam de aqui ver, ler, o que vai pela Vila do Ferro. Muitas dessas Pessoas são gente que partiu da nossa Vila, e que este local, em conjunto com outros, é óptimo para perceber o que se passa na Vila do Ferro.
Tenho sinceramente muita pena, é que os comentários que aqui aparecem, maioria, são comentários…… ESTÚPIDOS.



Você sabe quem eu sou… mas eu não sei quem é você. Quem tem razão???
Anónimo disse…
Não te preocupes porque pelos vistos os comentários estupidos vão desaparecer até dia 4.
Anónimo disse…
RAZÕES CONTESTADAS
Apesar da destituição, decidida na reunião de clubes da última sexta-feira, José António Pinho não aceita a medida. Em declarações à RCB, explica o porquê de não ter estado presente na reunião.
O presidente da federação portuguesa de desportos de inverno, respeita os clubes presentes, na reunião, mas recusa-se a reconhecer a validade das decisões porque não foram tomadas em assembleia geral.
Em declarações à RCB, explica porque não esteve presente na última sexta feira: “não posso estar presente numa reunião que foram três pessoas que andaram a pedir aos clubes para marcar, como foram o Jorge Pombo, o José Carrola e o Artur Meireles. Eu sei que os clube são pessoas de bem e espero que não se deixem arrastar por isto.

Para José António Pinho, os clubes não podem desviar a federação do trilho que estava a ser seguido e faz um apelo aos associados: “o que é que vou dizer ao secretário de estado do desporto, ao presidente do comité olímpico português? Espero que os associados não ouçam só uma parte e que falem comigo para perceberem o que se passa.”

Para o presidente da direcção, também ele destituído, a presença de José António Pinho, na próxima etapa do troféu comunidades portuguesas fica na consciência do próprio, visto “que ele foi destituído do cargo. Espero que este movimento traga uma renovação na federação.”

Jorge Pombo presidente da direcção da FPDI. Sobre este assunto, e segundo o que a RCB conseguiu apurar a reserva do hotel feita por José António Pinho foi cancelada, porque segundo os responsáveis da unidade hoteleira de Espanha, onde decorre a prova, não foi realizado o pagamento

Vergonha!!!! Vergonha é o que se passa com esta Federação e com as pessoas que a constituem. É assim que engrandecem a região e o desporto?
JPinto disse…
Ora como todos aqui falam de tudo menos do post e escrevem textos incrivelmente longos que ninguém quer ler, aqui vou adaptar-me ao espírito deste blog.

O lobo Ibérico

Espécies de Lobo: Existem duas espécies de lobo, o lobo cinzento, designado por Canis lupus e o lobo vermelho, chamado Canis rufus.
O lobo vermelho encontra-se infelizmente extinto no seu estado selvagem, estando actualmente a efectuar-se estudos que permitam a sua reintrodução, com base em casais mantidos em cativeiro em instituições científicas. O lobo cinzento é pois o único que ainda podemos encontrar em liberdade em diversas regiões do mundo. Precisamente porque se distribui por diferentes zonas, evoluiu conforme as características das regiões onde vive, originando um grande número de subespécies. Foram descritas 32 subespécies de lobo cinzento, mas muitas destas estão já extintas, isto é, desapareceram, devido à acção destruidora do Homem, e nunca mais se poderão observar.
Actualmente, na maior parte da área por que se distribui, o lobo habita apenas as regiões mais abruptas e recôndidas. Uma das subespécies do lobo cinzento que ainda sobrevive, se bem que em número reduzido, encontra-se na Península Ibérica e designa-se cientificamente por Canis lupus signatus.

O habitat: Para viver, um lobo necessita de uma certa área de terreno, onde encontra alimento e abrigo. O tamanho do território de um lobo depende da quantidade de presas disponível, do número de animais que integram a alcateia e dos hábitos das presas: os caribús, por exemplo, migram percorrendo vastas distâncias, entre o Verão e o Inverno, à procura de alimento; os lobos têm de os seguir. No Árctico, o território de uma alcateia pode atingir os 5000 km², enquanto que nos países do Sul por vezes não atinge os 50 km².
Como forma de marcação das fronteiras do seu território, os lobos utilizam a urina e os dejectos, chegando a efectuar marcações a cada 300 metros. Estes sinais odoríficos, que se encontram geralmente em cima de pedras ou tufos de ervas nas bermas de caminhos, funcionam como forma de aviso a outras alcateias ou lobos isolados de que aquele território se encontra ocupado. Também marcam caminhos e encruzilhadas dentro do seu próprio território, de modo a que qualquer membro da alcateia saiba sempre onde está e, provavelmente, saiba ainda quem foi o último a passar, a sua idade e sexo. Para além destes sinais, utilizam ainda o uivo para marcar a sua presença no interior do território.
Cada lobo conhece bem o seu território: os caminhos, os refúgios, as fontes de água e os locais onde encontrar alimento. Um território tão vasto necessita de ser defendido; assim, torna-se necessário percorrê-lo frequentemente e renovar as marcas territoriais. Por vezes, na procura de alimento, os lobos cobrem grandes distâncias. São infatigáveis caminhantes, chegando a percorrer dezenas de quilómetros por dia.

O que comem os lobos: O lobo é um carnívoro, um animal que se alimenta de carne. Antigamente consumia grandes herbívoros, dos quais retirava a energia necessária para sobreviver. Hoje, na ausência destes animais e na luta pela sobrevivência, o lobo habituou-se a consumir uma grande variedade de alimentos e adaptou a sua estrutura social às necessidades da captura de diferentes tipos de presa.
Nas regiões norte da sua área de distribuição, os lobos alimentam-se de alces, caribús ou renas, principalmente no Inverno, e no Verão também de lebres e roedores. Nas áreas mais a Sul, predam cervídeos - veados e corços - castores, lebres, coelhos e também roedores. Nas regiões onde o Homem destruiu as presas naturais do lobo, este alimenta-se principalmente de animais domésticos: cavalos, vacas, ovelhas, cabras e cães, mas isto porque foram as únicas presas que o Homem lhe deixou.
Da dieta alimentar deste predador fazem também parte produtos vegetais, pois ingerem erva, tal como o cão, amoras e figos. Na Europa do Sul, os lobos chegam mesmo a entrar nas aldeias durante a noite, para procurarem alimento nas lixeiras. Basicamente, contudo, são os ungulados - animais com cascos - que constituem a base da sua alimentação. Como é evidente, os lobos também necessitam de água e gostam mesmo de tomar banho. Em algumas zonas da sua área de distribuição são até hábeis pescadores!



Como caçam os lobos: Caçar herbívoros é uma tarefa que se torna difícil para um lobo só. Encontrar, seguir e capturar tais presas, implica uma acção de conjunto. Capturar uma presa exige várias tentativas e muitas destas falham. Em geral, apenas de 7 a 10 tentativas, de entre 100, são bem sucedidas. Toda esta estratégia é parte de um plano da natureza, porque os lobos conseguem o mínimo suficiente para sobreviver e, simultaneamente, eliminam as presas mais fracas, mantendo a «saúde» da população das espécies presa, pois os indivíduos capturados são, na maioria, os doentes e os mais velhos. Os indivíduos saudáveis quase sempre conseguem fugir.
Para caçar tais animais, são necessárias muita sagacidade e perseverança. É preciso saber onde procurar a presa, ter a habilidade de a seguir, afastar da manada e conduzir para o local onde será capturada. Durante este processo, os lobos são por vezes feridos ou mesmo mortos, pois as presas defendem-se utilizando as armações e escoiceando. Há notícia de casos de lobos encontrados mortos com os crânios parcialmente destruídos e o tórax perfurado.
Tudo isto significa que na sociedade lupina - a alcateia - cada indivíduo tem uma função resultante das suas capacidades, sendo necessária uma estreita colaboração entre todos. A viabilidade de um predador deste porte reside no trabalho de conjunto, não havendo lugar para o egoísmo individual!
Apanhar presas de menor porte não exige evidentemente grandes alcateias e, por outro lado, animais demasiado pequenos não fornecem alimento a grandes alcateias. Nas áreas em que o Homem impediu a existência de alcateias, ou em que o número de indivíduos diminuiu drasticamente, os lobos alimentam-se sobretudo de presas de pequeno porte e de animais domésticos. Estes tornam-se presas fáceis, muitas das vezes por descuido dos pastores.



Como comunicam os Lobos: Para comunicar utilizam sinais: movimentos e atitudes corporais, olhares, cheiros e sons tais como ladridos rugidos e uivos. O seu sentido do olfacto é muito desenvolvido e um cheiro significa muito mais para eles do que para nós.
Através da maneira como utiliza a cauda, um lobo mostra as suas intenções pela maneira como apresenta o focinho, as orelhas e a cauda e até pelos pêlos do dorso. E, evidentemente, os lobos uivam! Fazem-no, por exemplo, para informar os companheiros sobre a sua posição, para reunir os membros da alcateia, para chamar os lobitos, em ocasiões particulares como as que precedem uma caçada, ou simplesmente por prazer e para consolidarem os laços que os unem.



Quando e como procriam os Lobos: Geralmente os lobos acasalam para toda a vida e usualmente, numa alcateia, apenas dois lobos acasalam - «o par alfa» -, sendo eles que conduzem a vida da alcateia devido às suas qualidades de força, inteligência e desenvoltura. Este par não permite que outros lobos da alcateia procriem, constituindo-se como uma espécie de controladores de nascimentos. Os lobos acasalam apenas uma vez por ano, durante o Inverno, sendo o período de gestação de 63 dias, tal como o dos cães. Durante este período a fêmea prepara a toca onde irão ocorrer os nascimentos; pode ser uma gruta nas rochas, uma cova na terra debaixo de arbustos ou árvores derrubadas, ou o covil de uma raposa depois de alargado.
Por via de regra toda a alcateia prepara esta toca, bem como outras alternativas para o caso da primeira ser descoberta e a ninhada correr perigo. Uma ninhada é constituída por 4 a 7 lobitos, que nascem cegos e totalmente dependentes da loba-mãe. As ninhadas variam consoante a condição fisiológica da mãe, a qual, por sua vez, depende da disponibilidade de alimento. O número de lobitos por ninhada adapta-se às necessidades da alcateia e às condições prevalecentes no local e na época em questão.
Inicialmente ao lobo-macho não lhe é permitido entrar na toca, sendo a sua tarefa a de fornecer alimento que caça, transporta e enterra num esconderijo perto. A loba-mãe apenas sai para caçar quando escasseia o alimento, ficando então os lobitos sozinhos e desprotegidos. Podem perder-se, se se afastam demasiado da toca, e serem mortos por predadores ou inclusivamente pelo próprio Homem que, ao tomar conhecimento da existência de uma ninhada desprotegida, a destrói de imediato. Situações destas são muito comuns em Portugal e Espanha.
Os lobitos começam a sair da toca com cerca de um mês de idade e percorrem os terrenos que a circundam. Passam muito tempo a brincar juntos ou com os pais, muito pacientes, desenvolvendo as aptidões de que necessitarão quando forem adultos. Também evidenciam, já nesta idade, qualidades individuais de liderança, coragem e perícia. É a partir daí que se estabelecem os laços que irão unir os diferentes membros da alcateia e os lugares que cada um irá ocupar na hierarquia social.
Quando já capazes de seguir os pais em caminhadas, abandonam a toca e são levados para um novo local («rendez-vous site»), onde se inicia uma nova fase de aprendizagem: qual o melhor tipo de alimento, onde se encontra e como consegui-lo. Durante o primeiro ano de vida, os lobos ficam geralmente com a alcateia. Mas após o primeiro Inverno - que é sempre um período duro para os juvenis - e consoante a quantidade de alimento disponível na área habitada, têm por vezes que abandonar a alcateia e procurar o seu próprio modo de vida. Vivem assim isolados até estabelecerem o seu território, numa área com potencialidades alimentares e não ocupada por outro lobo ou alcateia; só então procuram um companheiro e constituem a sua própria família.
Se na área ocupada pelos respectivos progenitores abundarem alimentos, permanecem todos juntos, aumentando o número de indivíduos da alcateia.
Anónimo disse…
Pensei que os comentários estupidos desapareciam até dia 4.

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