Nova toponímia no Ferro
Texto Retirado do Blog: http://freguesiadoferro.blogspot.com/:
Depois de recolhidas informalmente diversas sensibilidades e propostas de toponímia e dando cumprimento ao Regulamento Municipal de Toponímia e Numeração de Policia, nomeadamente ao seu artigo 1º, deliberou a Junta de Freguesia do Ferro na sua reunião ordinária aprovar e remeter à Assembleia de Freguesia sete propostas de Toponímia para análise e aprovação.
Assim deliberou esta Assembleia por maioria com dois votos contra do Partido Socialista, aprovar os seguintes topónimos:
1. Rua Família Gonçalves
Início: Entroncamento com a Avenida D. Laura Maricoto
Final: Sítio do Vale das Relvas
Justificação:
Esta família ilustre e influente na Freguesia do Ferro, foi constituída em 1903, pelo Professor António João Gonçalves e D. Maria do Patrocínio Lourenço Maricoto e teve numerosos descendente dos quais se destacam:
- Padre João Augusto Gonçalves (1904), Sacerdote Jesuíta que percorreu todo o país pregando sobre o Apostolado da Oração, sobre a Cruzada Eucarística tendo fundado a Liga Eucarística, movimento que nos anos 50 era conhecido em todo o país.
- Padre José João Gonçalves (1906), Sacerdote Jesuíta missionário em Moçambique.
- Irmã Margarida Maria Gonçalves (1917), licenciada em Ciências Físico-Químicas, foi Madre Superiora das Irmãs do Imaculado Coração de Maria doze anos e desempenhou elevados cargos em Roma. Foi a primeira religiosa portuguesa a licenciar-se e a primeira a ser Superiora Geral de uma Congregação Internacional. Foi autora de vários livros.
- Padre Alexandre Gonçalves (1919), Sacerdote Diocesano Pároco e Director Espiritual no Seminário do Fundão.- Padre António do Patrocínio Gonçalves (1923), Professor no Seminário da Guarda, autor do livro “Natalidade e Consciência Cristã” e tradutor de grego.- Francelino José Gonçalves, agricultor casado com Maria José Gonçalves (D. Zeca), que manteve um lagar de azeite a funcionar muitos anos.
- Alzira Gonçalves, senhora muito empenhada a causas religiosas.
Esta família, consciente da importância primordial do apoio social aos mais desprotegidos, deixou grande parte dos seus bens ao povo do Ferro, nomeadamente a actual sede da Junta de Freguesia, bem como a casa onde viviam e grande parte dos seus bens à então constituída Associação Centro Social do Sagrado Coração de Maria do Ferro.
Pela sua relevância, a Junta de Freguesia decidiu assim homenageá-la colectivamente e perpetuar a sua memória com a atribuição do seu nome a uma rua da Vila.
2. Rua José Proença
Início: Entroncamento com a Avenida D. Laura Maricoto
Final: Entroncamento com a Rua Luís de Sousa Rodrigues
Justificação:
José Esteves de Matos Proença, natural de Caria e nascido em 1903, veio desde muito novo residir com seus pais para o Ferro.
Licenciou-se em 1931 na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Casou com D. Maria José Vitória Forte, natural dos Vales de Peroviseu, Professora da Escola Feminina do Ensino Primário no Ferro, durante muitos anos.Foi nomeado médico da Casa do Povo do Ferro, logo no seu início da sua fundação, 1946, onde exerceu funções clínicas, até 1973.
Médico prestigiado, contribuiu de forma acentuada para a manutenção da saúde dos ferrenses nessa época.
3. Rua Luís de Sousa Rodrigues
Início: Entroncamento com a Rua Família Gonçalves
Final: Entroncamento com a Rua do Coração de Maria
Justificação:
Luís de Sousa Rodrigues nasceu no Ferro em 1927 onde viveu até 2001, ano em que faleceu.Comerciante e agricultor de sucesso, foi destacado dirigente da Adega Cooperativa da Covilhã.
Em 1957 foi eleito Presidente da Casa do Povo do Ferro, cargo que exerceu por várias décadas.A ele se deve a construção do actual edifício em 1971, que na época foi considerado dos melhores da região.
Nesse ano foi agraciado pelo Governo com a Medalha de Mérito Corporativo e do Trabalho.Foi casado com D. Maria de Ascensão Gonçalves Carvalho Rodrigues, professora do Ensino Primário nesta Freguesia e autora de vários livros sobre o Ferro e Cova da Beira.
4. Rua José Proença Fazenda
Início: Entroncamento com a Rua do Coração de Maria
Final: Entroncamento com a Estrada 506
Justificação:
O Sr. José Proença Fazenda foi o primeiro Presidente de Junta de Freguesia do Ferro no pós 25 de Abril de 1974, tomando posse no dia 30 de Setembro do mesmo ano tendo exercido estas funções até 1983. Faleceu em 1992.
5. Rua da Barronceira
Início: Entroncamento com Rua da Cruz
Final: Entroncamento com a Rua José Proença Fazenda
Justificação:
Designação por que conhecida uma determinada zona da Freguesia. Para não se perder na memória colectiva este nome, atribui-se a mesma a este arruamento.
6. Praceta do Ganhão
Entroncamento com a Rua José Proença Fazenda
Justificação:
O Ferro foi e é uma freguesia predominantemente rural, onde o Ganhão era o trabalhador que com uma junta de bois amanhava os terrenos lavrando, semeando e fazendo muitos outros trabalhos agrícolas.
Os tractores vieram extinguir esta profissão, que queremos que perdure na nossa memória colectiva.
Pretende-se assim, prestar uma homenagem a todos aqueles que tiveram na agricultura a sua forma de vida e subsistência.
7. Rua do Campo de Futebol
Início: Entroncamento com José Proença Fazenda
Final: Entroncamento com a Rua do Coração de Maria e com a Rua Luís de Sousa Rodrigues.
Justificação:
Por se situar ali o Campo de Futebol da Freguesia.
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Para todos os Ferrenses perceberem onde se situam estas novas Ruas do Ferro, para saberem melhor qual o nome destas novas Ruas, ficam aqui estas imagens, que ajudam a compreender quais são as ditas Ruas (cliquem nas imagens para as aumentar):
1. Rua Família Gonçalves
A. Sítio do Vale das Relvas
B. Av. Dona Laura Maricoto
C. Rua Luís de Sousa Rodrigues
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2. Rua José Proença
A. Cemitério
B. Av. Dona Laura Maricoto
C. Rua Luis de Sousa Rodrigues
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3. Rua Luís de Sousa Rodrigues
A. Rua Familia Gonçalves
B. Campo de Futebol
C. Rua do Coração de Maria
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4. Rua José Proença Fazenda
A. Campo de Futebol
B. Rua do Coração de Maria
C. Rua da Barronceira
D. Estrada 506
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5. Rua da Barronceira
A. Rua da Cruz
B. Rua José Proença Fazenda
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6. Praceta do Ganhão
A. Rua do Campo de Futebol
B. Rua José Proença Fazenda
C. Rua do Coração de Maria
D. Rua da Barronceira
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7. Rua do Campo de Futebol
A. Rua Luís de Sousa Rodrigues
B. Rua do Coração de Maria
C. Praceta do Ganhão
D. Rua José Proença Fazenda
E. Campo de Futebol
Espero que as imagens esclareçam os nossos Bloguistas.
Não sei se errei nalgum pormenor, ou mesmo nas Ruas, mas pelo que me apercebo, penso que será assim, como indico nas imagens. Corrijam-me se estiver errado.
Agora comentem, o que acham desta Nova toponímia no Ferro?
Comentários
Irmã Margarida Maria Gonçalves
Irmã Margarida Maria Gonçalves. 1963 - 1975 (Portugal). Foi a oitava Superiora Geral. Nasceu a 25 de Junho de 1917 no Ferro - Covilhã. ...
www.religiosas-sagrado-coracao-maria.pt/imundo/supger/goncalv.htm - 4k - Resultado suplementar - Em cache - Páginas semelhantes
Superioras Gerais
1946 - 1960 (Irlanda). Madre Rita Rowley. 1960 - 1963 (Irlanda). Irmã Margarida Maria Gonçalves. 1963 - 1975 (Portugal). Irmã Maria de Lurdes Machado ...
www.religiosas-sagrado-coracao-maria.pt/imundo/supger/sgerais.htm - 5k - Em cache - Páginas semelhantes
Português #1
... um opúsculo -"No caminho de Deus não há descanso", produzido pelo CEJG e o livro - "Uma vida para Todos" - da autoria da Irmã Margarida Maria Gonçalves. ...
www.rscm-gen.org/g200/portugues/index1.htm - 14k - Em cache - Páginas semelhantes
Irmã Margarida Maria Gonçalves
1963 - 1975 (Portugal)
Foi a oitava Superiora Geral.
Nasceu a 25 de Junho de 1917 no Ferro - Covilhã.
Foi eleita, por doze anos, no Capítulo Geral, em Roma, a 15 de Setembro de 1963, tendo terminado o seu mandato em 1975.
Convocou um Capítulo Geral extraordinário entre 1968 e 1969.
Foi a primeira Geral a visitar o Brasil.
Pondo em prática as directrizes do Concílio Vaticano II, relacionadas com a renovação da vida religiosa, promoveu transformações significativas na vida do Instituto. A partir dessa altura, cada irmã podia, ou não, usar hábito. Desapareceu o sistema de semi-clausura, demonstrando maior abertura ao mundo.
Em 1917 a Irmã Margarida Maria participou no Sínodo dos Bispos, em Roma, tendo sido a primeira mulher a fazê-lo. Em consequência disso, o Instituto passou a assumir como missão importante o trabalho com e para os pobres e as irmãs passaram a colaborar mais nos serviços das paróquias.
Entretanto, o governo do Instituto passou a ser mais participado e a formação das irmãs foi revista e reformada.
Principal característica do seu governo
Implementação de importantes reformas (acima resumidas) decorrentes das directrizes do Conselho Vaticano II.
Uma vida para todos: traços rápidos da vida do Padre Jean Gailhac / Margarida Maria Gonçalves, des. Xaneca. - Braga : Livr. Apostolado da Imprensa, D.L. 2002. - 151, [1] p. : il. ; 21 cm. - (Fundadores ; 22). - ISBN 972-571-451-2
BN R. 22186 V. BN R. 22186 V. BPMP 2a 001489 UCBG 7-75 B-43-103
GAILHAC, JEAN, 1802-1890 GONCALVES, MARGARIDA OSORIO XANECA CDU 262.14GAILHAC, JEAN CDU 929GAILHAC, JEAN
Catálogo Bibliográfico do DGEEP. Pesquisa: TI Natalidade e consciência cristã : guia prático para a regulação de nascimentos segundo a enciclopédia ...
www2.deep.msst.gov.pt/docbweb/plinkres.asp?Base=CATESOC&Form=COMP&StartRec=0&RecPag=5&New... - 8k - Em cache - Páginas semelhantes
DocbWeb - Pesquisa
TÍTULO:, Natalidade e consciência cristã : guia prático para a regulação de nascimentos segundo a enciclopédia HUMANAE VITAE / Patrocínio Gonçalves ...
www2.deep.msst.gov.pt/docbweb/plinkres.asp?Base=CATESOC&Form=&SearchTxt=DE+Familia&StartRec=1... - 33k - Em cache - Páginas semelhantes
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Iniciada a aplicação da legislação que permite a IVG, nas condições indicadas no referendo, o conhecimento e a leitura do trabalho do padre António, ajuda-nos a compreender o papel da igreja no domínio da Natalidade. Nesta publicação defende-se o método das temperaturas, como processo de controle da natalidade. São condenados, com excepção da abstinência, todos os outros métodos de contrôle da natalidade. O uso do preservativo, da pilula, do dispositivo intra-uterino, o laqueamento das trompas, não são aceites. O método proposto, designado por método das temperaturas, não é hoje aceite como método de controle da natalidade, pela sua ineficácia e margem de erro. Provavelmente, digo eu, muitas paroquianas acabaram por ter filhos, sem os desejarem, seguindo as suas instruções. O hoje em dia, a igreja católica mantem ainda as posição defendidas nesta publicação. Essa circunstância, associada às dimensões que atingiu o HIV, especialmente em territórios em que missionaram irmãos e irmãs do padre António, em que o uso do preservativo, só por si, poderia evitar a contaminação de milhões de aficanos e africanas, terá algum sentido?
Parabens
Já era tempo de os novos arruamentos terem um nome e não estarem incluídos numa zona genérica, tipo "Barronceira", "Eiras", etc.
Assim o carteiro já não tem desculpa para não entregar a correspondência no sítio certo.
Só faltam os números de polícia, mas a seu tempo também chegarão.
Contudo conseguiu aglutinar no seu café, gentes de todas as expressões políticas e religiosas.
Foi de facto um espaço de diálologo e onde se aprendeu muito.
Se também lá havia "codrilhice" e corte e costura? Não que não havia.....
quem quizer neste blog fazer comenta´tios seim o danitri apagar, faça-o num posts que não seja lançado por ele e axim, ele já não tem iposteses de os apagar
:-)
Eu só apago os comentários que eu vejo que não fazem sentido algum estarem neste Blog, depois comentários com más linguagens, esses é que são logo apagados.
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