Emigração, Histórias e Recordações.

Nas minhas visitas pela Internet, encontro um dia destes um site escrito por um Senhor do Peso, seu nome, Belarmino Duarte Batista, que na década de 60/70 levou muitos emigrantes para a França, com o seu carro de Praça, Taxi, como agora se chama. O Site é http://www.freewebs.com/bbaptista/index.htm onde se pode encontrar histórias fantásticas de como eram feitas as viagens dos emigrantes, que iam para a Europa, para encontrar uma vida melhor. Visitem o site, vale a pena.

Para simplificar, podem clicar AQUI para lerem essas historias, que de certeza emocionaram muita gente, onde ele descreve em pormenor muitas das viagens que ele fez, por vezes muitas delas perigosas, com muitos azares, até chegar ao destino.

Este é um site, para que as pessoas que viviam naquela altura, possam recordar o que era a emigração naqueles tempos, e o que era Portugal antes 25 de Abril. É principalmente por isso é que as levava a emigrar,mais para França, onde esperavam ter melhores condições de vida. Cliquem AQUI para lerem mais algumas Histórias deste motorista de Praça, que levou muitos Emigrantes para a França, onde lembra as coisas boas, e as coisas más, que ele passou.





Os nossos Bloguitas Ferrenses, de certo que também terão muitas Histórias de Emigração para contar, e é por isso que eu lanço aqui este Post, para que essas Histórais sejam aqui colocadas, e que se recorde o que foi a ida para o estrangeiro, de muita gente Ferrense. Porque como se diz, recordar é viver.

Fica aqui tambem este local para que os nossos Emigrantes possam escrever comentários de saudade, e de recordações, aos familiares que cá, em Portugal, se encontram.

Comentários

danitri.® disse…
Por acaso são Histórias fantásticas que se encontram neste site, onde, Pessoas mais novas, como eu, possam ver o que era a Emigração naquela altura. Foi um altura que quase toda a gente tinha Família no estrangeiro, ainda agora quase que é assim, São Histórias fabulosas, onde, muitos de nós conhece alguém, Família, que emigrou, e que já voltaram, ou que devido ao destino, ainda lá estão.

É para homenagear esses Emigrantes que eu lancei este Post, e deixo aqui um pequeno exerto do que se pode ler neste site, escrito por um Motorista de Praça:

“Viagens que fazem vir lágrimas aos olhos !
Pelo clima, por não saber falar a lingua, pelo cansaço, pelas más comidas e dormidas pelos carros superlotados, avarias, acidentes, ansiedade, etc,etc.Uma série interminável de circunstancias, que faziam destes emigrantes semanais, homens profissionais nesta vida, pela força das circunstancias.
Umas vezes para o Norte de França, outras para o Sul, outras para o Este; na próxima semana, mais longe ! a Belgica, noutra o Luxemburgo, a Alemanha, a Suiça.Umas vezes para regiões de montanha e neve, de inverno rigoroso, outras vezes para zonas de intenso nevoeiro nocturno e de intenso tráfego. Tudo isto seria normal se estivessemos habituados e equipados para o efeito, mas pneus ou correntes de neve não usávamos, apesar de viver numa zona serrana, antigêlo no radiador, tambem não; (eu escavaquei um bloco do “Merceds” uma vez que pernoitei em Nancy). Quem vivia nas zonas mais frias ou quando a temperatura baixava mais um pouco, usavamos pôr no radiador um pouco de aguardente “xanfrana”, nome dado à aguardente mais fraca, que por ser mais barata e acessível que o producto verdadeiro e assim se passava o período do Inverno. Farois de nevoeiro, na maioria dos casos tambem eram desnecessários e poucos automoveis estavam equipados com eles e até aquecimento na maioria dos casos não funcionava; assim acontecia no meu já muito usado “Mercedes 180 D”, que para nos aquecermos durante estas longas viagens nocturnas, tinhamos que tapar as pernas com um cobertor. E eu como não podia desviao pé do acelerador, tinha que parar e sair cá fora, para aquecer os pés no gases do tubo de escape.
Assim todos estes contratempos, eram desconfortos e problemas que tinhamos que enfrentar e representavam para os menos experientes e noviços nestas viagens, um tempo e situações de vida dificil. Um simples arame ou cordel que precisássemos e não tivessemos conosco poderia trazer-nos grandes transtornos, num país onde não sabiamos falar a lingua. Estou-me a lembrar duma ocasião em que se me partiu o tubo do escape e não podia andar com ele naquela posição, pois roçava no pavimento e forçava o outro resto a partir; assim teria que ser arranjado ou simplesmente seguro, para poder seguir marcha, mas como não tinha nada com que pudesse remediar a situação, valeu-me a circunstancia de ter cordel suficiente no atadilho do oleado, que era indispenssável nestas viagens, ( quem não conhece o Norte da Europa para chuva mesmo no Verão) e poder remediar a situação, até que vi uma dessas vedações de arame que se usam para conter os animais, neste caso as vacas e fui lá cortar um bocado para me desenrascar.
Daí em diante nunca mais saí de casa para estas viagens, sem levar um bom bocado de arame e cordel suficiente para o que fosse preciso.
Outra coisa que tinha que levar sempre comigo e esta foi uma ideia minha, que depois foi adoptada por alguns motoristas, aqueles que possuiam Mercedes “180-190 e até 220 D, portanto modêlos das décadas de 1960/70 era fita cola (scotsh tape) para tapar a parte superior dos farois da frente, pois os antigos Mercedes baixavam muito a trazeira quando carregados, ao ponto de baterem com o tubo de escape no pavimento e mesmo nos médios encandeavam o transito em sentido contrário, assim para evitar o ajustamento dos farois constantemente, remediava-se assim o problema até a carga ser aliviada, usando este estrajema que dava bom resultado.
E quando se partia um vidro da frente, ( pára brisas,) ás 10 ou 11 horas da noite e para tornar a situação ainda pior, estava a chover ? Imagine-se que fazer com um carro cheio de gente, que quer seguir viagem?
Um plástico transparente, fita cola em volta do pára brisas, duas ripas ou páus miudos para sustentar o impacto do ar e aí vamos nós seguindo viagem novamente.
Mais devagar certamente, mas sempre caminhando. Todos estes apetrechos faziam parte da bagagem e a tudo isto era sujeito o motorista de praça, da pequena aldeia Beirã! (...)"


E continua.

Passem pelo site, e cometem aqui as vossas Histórias.
truman disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
truman disse…
Quanto aos emigrantes/imigrantes todos eles são pessoas de coragem e grande força para deixarem tudo aquilo que têm á sua volta e partirem para o desconhecido quase, nalgumas vezes, sem nada.

É pena é que alguns srs sem ecrúpulos se aproveitem da sua situação para ganharem dinheiro á sua custa, mas o mundo de hoje está cheio dessas pessoas sem escrúpulos e dignidade....

Merecem todos eles o nosso respeito e compreenção, só quem por elas passa e que sabe....

>truman

Mensagens populares deste blogue

A Gastronomia na Vila do Ferro

Fim…