Festa de São Sebastião, na Vila do Ferro.

Este Domingo, dia 21 de Janeiro, realizou-se a tradicional Festa de São Sebastião na nossa Vila do Ferro. Assim foi celebrada uma Missa em Honra do Santo, depois já á tarde, no Campo das Festas, foi realizada a tradicional Oferendas (penso que não estou a errar), que consiste em leiloar produtos que foram oferecidos pela população do Ferro, e que foram pendurados em dois “Ramos” que contêm chouriças, morcelas, farinheiras, pão caseiro, e depois mais umas garrafinhas de vinho e jeropiga, uns presuntos, ás vezes uns animais para criação (coelhos, galinhas, etc..), queijo, bacalhau, e algumas coisas mais.
Esta Festa de São Sebastião já foi mais “forte” do que é hoje, eu recordo-me quando esta Festa era realizada na Praça, no centro da Vila, onde colocavam os “Ramos” (não sei se é assim que se chama) no meio dessa Praça, ainda hoje lá existem umas pedras redondas com uns buracos onde eram cravados os “Ramos”.
Eu como ainda sou novo não sei muito mais acerca desta Tradição, mas alguns dos nossos Bloguistas sabem contar muito mais, e com mais sabedoria do que eu, por isso comentem aqui acerca desta Festa que se realiza na nossa Vila, e que no meu ponto de vista já se esta a perder, o que é pena porque são tradições que haviam de se prolongar durante o Tempo.



Cá esta o Sr. Martins a realizar as “Oferendas” (aqui foi “arrebatada” uma garrafa de puro Champanhe Francês por 8 Euros), tendo em cada lado os dois “Ramos” recheados com produtos Regionais.

Como se mostra esta Festa e Tradição já foi mais “forte” do que agora, a fraca adesão do Povo Ferrense demonstra isso.

Comentários

danitri.® disse…
Por acaso até esteve um bonito dia para a realização da Festa. Acho que devo aqui agradecer ás pessoas que estiveram envolvidas para que esta Festa se concretizasse, acho que uma Tradição assim nunca deve acabar.
danitri.® disse…
A Festa terminou com o nosso amigo pcr “arrebatar” os dois Ramos, depois de “grande luta” com mais 3 ou 4 “adversários”, a seguir levou o contudo deles para o café do costume, e ai consumimos umas boas morcelas, chouriças, e pão caseiro, com muita energia e Alegria.
Muito bem pcr, foi muito bom, ouve conversa, convívio, vimos o Benfica ganhar (o que foi pena, mas a Taça é do SCP) e é disso que se precisa, conviver… acima de tudo é conviver.
Tó Elias disse…
Era realmente umaa festa das rijas em que o "ramo" dava a volta à (na altura) aldeia.
Depois, na parte da tarde, eram os respectivos ramos (2) colocados no local já referido, e eram "arrematados" pela população.
Quem não se lembra da oferta que nunca podia faltar: a do falecido Zeca Fazenda, que pasme-se (vejam lá caçadores) saía de manhã de casa, com a espingarda às costas, e com um ajudante, e dizia: - vou ali matar us torditos para a oferta!
E que eu me lembre, nunca faltava, entre outras aquela muito conhecida dos tordos.
Lembro-me na infância, de ver lá por casa, a azáfama que era de manhã, o arranjar dos tabuleiros para oas ofertas.
Um queijo, uma chouriça, uma farinheira, um mouro e vá lá mais uma morcela, para a coisa ficar bem mais composta.
Fazia-se um bolo e vai de acrescentar no tabuleiro.
E que havia boas ofertas, havia...
Muita gente, aproveitava a altura, para oferecer algum enchido mais atrasado... era para a crescentar ao monte!
o ramo corria as rua sempre acompanhado de um "caixa" da banda filarmónica que vinha abrilantar a festa.
Que saudades, daquela situação que o caixa da banda da Peroviseu nos deixava dar uns toques, A troca de um santinho...
E nós que éramos ajudantes na igreja, sempre arranjávamos mais uns santitos, e assim podiamos dar mais umas porradas naquela caixa de bonito som da banda..
Talvez daí me tenha vindo apetência para aquele instumento musical.
Era um dia de festa e peras...
os foguetes, tambem nunca faltavam, e terminava sempre no largo da praça, com um bailarico abrilhantado por aquela banda (quando o Pároco, evidentemente, o autorizava).
Vejo, agora pela fotos juntas, que se está a perder aquela tradição. É pena.
Anónimo disse…
É a festa do " Martle ".

Perdeu de facto a força que tinha há longos anos atrás.

Verifiquei que os ramos são mais miúdos, menos carregados, e estão espetados numa camioneta.

In illo tempore, a festa era, como escreveu o Danitri, na praça da Amoreira, e lá estavam( não sei se ainda estarão) dois buracos para a colocação dos ramos.

A banda da Peroviseu, e mais tarde a de Unhais da Serra, faziam o dia.Os putos eram assalariados, à borla, para pegarem na partitura, para que os músicos lessem os bemóis, sustenidos e não sei mais o quê.

Os músicos almoçavam na casa dos paroquianos e a nós callhava-nos sempre o porta-estandarte.Era um traganaz do caraças e comia por dois.É que transportar a bandeira, custa..e abre o apetite.

Era o dia do rancho melhorado, da liberdade dos putos, e da chegada dos gelados Cardona, que esgotavam antes de almoço.

Era também um dia de alegria para o Ti Vitor Brás, que não dormia por causa dos foguetes.Era um fogueteiro-dependente.Podia gaguejar, mas a alegria de deitar foguetes fazia esquecer tudo.

Nos ramos, como já foi referido, havia quem aproveitasse para se livrar dos monos, das chouriças rançosas, e daquelas garrafitas espanholas, que não se sabia qual o seu conteúdo.

Mas festa é festa, e normalmente os ramos eram arrematados pelas famílias de menores posses.

À tarde, a banda dava a última volta ao povo, mas muitos dos músicos, só já faziam " moafas".

É que todo o dia a enfiar uns tintitos, dava origem a que se perdesse o Norte e impossível de tocar e acertar de carreirinha.

Os dedos e os lábios ficavam..lesos.
Anónimo disse…
Pelo que ouvi dizer o problema foi que as brasas já estavam acesas, quando apareceu um homem do Norte a etragar tudo. Isso não se faz!!!!
Anónimo disse…
Será que o homem pensava que nos ramos estavam pendurados tomates??

Agora tirar a carne da boca dos " mais ", não se faz!!!

O " Martle " S.Sebastião, nunca tal tinha visto!!! Nem o arrematador!!

Vá lá PCR, ouvi dizer que ainda há material em "stock"!!!
Anónimo disse…
Poi o que se passou, segundo ouvi, não presenciei , é que os que já estão habituados em anos anteriores a oferecer uma bacatela pelos Ramos, pensavam que tinham a janta por truta e meia, assim o tiro saiu-lhes pela culatra e tiveram que ir ao Hiper comprar enchidos para não defraudar os convidados. Estou em crer que gastaram mais ou menos aquilo que iriam pagar pelos Ramos, no entanto a quantidade é que ficou muito aquem.( Paulo Duarte )
Anónimo disse…
oi

Mensagens populares deste blogue

A Gastronomia na Vila do Ferro

Fim…